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Título de poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Poeta nascido em Itabira do Mato Dentro (MG). Foi redator-chefe do "Diário de Minas", e desenvolveu nesse órgão, ao lado de outros escritores, a campanha em prol do movimento modernista. Foi também um dos diretores do periódico "A Revista", órgão representativo deste movimento. Dentre a sua vasta obra, destacam-se: "Alguma Poesia" (1930), "Sentimento do Mundo" (1940), "A Rosa do Povo" (1945), "Claro Enigma" (1951), "Poemas" (1959), "Lição de Coisas" (1962), "Boitempo" (1968), “Corpo” (1984), entre outras.

Legado

"Que lembrança darei ao país que me deu
tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?
Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu
minha incerta medalha, e a meu nome se ri.

E mereço esperar mais do que os outros, eu?
Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,
a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.

Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
uma voz matinal palpitando na bruma
e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.

De tudo quanto foi meu passo caprichoso
na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia em meio do caminho."

Fonte: MENEZES, Raimundo de. Dicionário Literário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1969, v. III. p. 89-91.

Nome retirado do Banco de Nomes SEHAB/CASE.

Começa na Avenida Tucumã e termina em divisa de terreno.

Nomes anteriores: Rua A

Fonte: Dic.Ruas