TV CALDEIRA FILHO

João da Cunha Caldeira Filho, ingressou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Assim começava a carreira musical de Caldeira Filho, assim assinou, por 43 anos suas críticas em "O Estado", de 1935 até 1978. Caldeira Filho nasceu em Piracicaba em 10 de dezembro de 1900. No Conservatório foi aluno de Samuel Arcanjo dos Santos e Mário de Andrade, logo passando a professor assistente, satisfazendo os desejos dos pais nesta época, ainda na década de 20 ainda era conhecido como pianista que várias vezes excursionou pelo Brasil. Em 1927 viajou para a França onde estudou com I.Philipp, Marguerite Long, Wanda Landowska e Alfred Cortot, regressou quatro anos depois. Reassumiu seu posto no conservatório. Caldeira Filho estreou como crítico musical em 1933, de maneira semi-amadorística, no extinto "Correio de São Paulo", onde ficou pouco tempo, transferindo-se para a "Folha da Noite". Em 10 de outubro de 1935 atendeu um convite pessoal de Julio de Mesquita Filho e ingressou em "O Estado" onde permaneceu até 1978 quando se aposentou. Sua primeira crítica neste jornal foi de um concerto de Guiomar Novaes, no Teatro Muncipal, fato que sempre relembrava. Enquanto durou a revista "Anhembi", dirigida por Paulo Duarte, Caldeira Filho também assinou as críticas musicais daquela publicação. Em sua atividade como professor em 1937 venceu concurso como professor de canto orfeônico do Instituto de Educação Caetano de Campos, escreveu várias obras: "Hino da Independência", "Hino Nacional" (Notas a Margem); "Palestras sobre as Sonatas para Piano de Beethoven", "Música Criadora e Baladas de Chopin" e "Os Compositores". Também traduziu "História da Pedagogia Musical", de Lorenzo Serrallach, e "História da Música" de D. Alaleona, esta obra acrescida de dois capítulos sobre música conteporânea e música no Brasil. No início dos anos 70 sua última obra: "Aventura da Música-Subsídios Criticos para apreciação Musical", coletânea de suas críticas. Em 1975 em reconhecimento a sua contribuição às artes e cultura francesa, foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e da Letras, por decisão do ministro da cultura da França Michel Guy. Era também membro da Academia Brasileira de Música e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Faleceu no dia 21 de maio de 1982 aos 81 anos de idade.

Começa na Rua Capricho, entre as Ruas Tanque Velho e São Borja e termina na Rua Baltazar de Morais. Setor: 067 - Qdas.:195 e 177.

Nomes anteriores: Rua Particular S/ Denominação

Fonte: Dic.Ruas