R WILLY AURELI

Willy Aureli nasceu em Santos em 18 de junho de 1898. Começou sua carreira jornalística na "Folha da Manhã", trabalhando praticamente em quase todos os jornais de São Paulo, como "A Platéia", "A Época", "Diários Associados", "Shopping News" onde era responsável por trabalhos sobre os problemas dos sertões brasileiros. Colaborou como "expert" em assuntos do problema da população indígena do nosso país, em órgão de imprensa de todo o Brasil. Revelou-se, além de jornalista, apreciável escritor, tendo publicado 13 obras, entre as quais sobressairam-se "Roncador", "Sertões Bravios" e "Léguas Sem Fim". Suas obras literárias, também têm por assunto e se desenvolvem, no âmbito de sua especialidade, os mistérios e beleza das matas das regiões ainda cobertas pelas selvas de nosso território, por onde andou durante quase metade de sua existência. Como sertanista, os méritos de Willy Aureli são conhecidos e apreciados por todos aqueles que se interessam pelos problemas das regiões de menor desenvolvimento, principalmente vastas áreas dos Estados de Mato Grosso e Goiás, nas margens dos rios Araguaia, das Mortes e outros. Em 1937, organizou a primeira expedição para essas longínquas regiões do País, fundando a "Bandeira Piratininga", da qual passou a ser o comandante. Depois desta, sucederam-se outras expedições, no decorrer dos anos. Fazia tudo através da iniciativa própria e com a ajuda de particulares, ora um órgão de imprensa, ora uma sociedade científica privada, recebendo raramente algum auxílio oficial. Com suas contínuas peregrinações por essas regiões, tornou-se um profundo conhecedor dos hábitos de vida de suas populações, sendo um dos primeiros homens brancos a manter contato com os temíveis Xavantes, uma das nações indígenas que mais resistiu a civilização. Willy foi o responsável, inclusive, pela colocação no mapa do Brasil de diversos acidentes geográficos, pois foi o descobridor da Serra do Roncador e do Rio da Solidão. Suas últimas expedições, nos anos de 1966 e 1967, tiveram o apoio do "Diário Popular" e, numa delas descobriu as Grutas Azuis, em Goiás, entre as quais destaca-se a caverna "Luminosa", que é a mais bonita do continente e que rivaliza em beleza e suntuosidade com as maiores do mundo. Porém as buscas dessas cavernas, consumiu três anos da vida do sertanista, dentro do intrincado sistema orográfico da região. De acordo com as amostras geológicas e fragmentos de ossadas retirados dessas cavernas, foi possível determinar a época em que essas grutas foram habitadas por um povo hoje desaparecido da América do Sul. Além do mais Willy Aureli manteve uma atividade profissional intensa na imprensa, ocupando por diversas vezes o cargo de presidente da Associação Paulista de Imprensa, API, foi um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, tendo sido ainda membro da Associação Interamericana de Imprensa. Conservou sua alma de sertanista até o fim, encontrando em pleno sertão de Goiás, em Aruanã, acampamento fundado por ele durante uma de suas expedições, quando sofreu um ataque cardíaco. Faleceu em São Paulo em 29 de agosto de 1968.

Logradouro oficializado através do Decreto nº 9.728 de 26 de novembro de 1971.
Nome anterior do logradouro: Rua 4 e 7.
CadLog: 19.952-4

Começa na Rua "1" e termina na Rua "14" -- fica entre as Ruas "7" e Antonio Splendore --- Bairro Interlagos.

Nomes anteriores: Rua "4" e "7"

Fonte: Dic.Ruas