R VISC DE TAUNAY

Alfredo Maria Adriano Descragnolle Taunay, Visconde de Taunay, nasceu no Rio de Janeiro em 22 de fevereiro de 1843. Pseudônimos: Anapurus; Silvio Dinarte; Carmontailhne; André Vidal; Eugenio de Melo; Múcio Scoevola, Flávio Elisio e Heitor Malheiros. Fez o curso de Humanidades no Colégio Pedro II. Em 1859 matriculou-se na Escola Militar, no curso de Ciências Físicas e Matemáticas. No último ano do curso começou a Guerra do Paraguai, e ele foi incorporado ao Exército, partindo para Cuiabá, indo conhecer então, trechos de Minas, São Paulo e Mato Grosso, cujos aspectos naturais descreveu mais tarde em livros. Desde a infância, recebeu uma educação aprimorada, voltada para as artes, aprendendo a amar a natureza. Terminada a guerra, voltou ao Rio, como Capitão. Concluiu o curso que deixara no último ano e foi nomeado professor interino da Escola Militar, lecionando mineralogia e geologia. Em 1870 lançou seu primeiro livro, "Mocidade de Trajano", sob o pseudônimo de Silvio Dinarte. Em 1872 publicou em francês a Retirada de Laguna, que chamou para ele a atenção de todo o País. Nesse mesmo ano, elegeu-se deputado em Goiás. Em 1874, casou-se com D. Cristina Teixeira Leite, filha do Barão de Vassouras. Em 1876, foi nomeado governador de Santa Catarina. Dois anos depois, caindo o Partido Conservador, foi para a Europa. Voltando ao Brasil em 1880, exerceu atividades políticas em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Em 1885, pediu demissão do Exército e viu-se nomeado presidente da Província do Paraná. Foi senador pela Província de Santa Catarina, tendo sido um dos mais ardentes partidários da Abolição. Em 1889, recebeu o título de Visconde. Foi também pintor, tendo deixado muitas telas dignas de estudo. Dedicou-se à música, e fez várias composições. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a cadeira nº 13, que tem como patrono Francisco Otaviano. Foi Ofícial da Ordem da Rosa, Cavalheiro da Ordem de São Bento, da Ordem de Aviz e da Ordem de Cristo. Bibliografia: Cenas de Viagem, 1868. Viagem de Regresso de Mato Grosso à Côrte, 1869. Mocidade de Trajano, 1870. Retirada de Laguna, 1872. Inocência, 1872, traduzida para vários idiomas. Lágrimas do Coração, 1873. Histórias Brasileiras, 1874. Ouro Sobre Azul, 1875. Narrativas Militares, 1878. Céus e Terras do Brasil 1882. Estudos Críticos, 1831-1883. Amélia Smith (drama), 1886. O Encilhamento, 1894. No Declínio, 1899 Ao Entardecer (contos) 1900. Como literato escreveu 40 obras, destacando-se A Retirada de Laguna e Inocência, sendo 36 publicadas pelas Edições Melhoramentos de S.Paulo. Deixou uma obra póstuma Memórias cujos originais foram entregues à Arca do Sigilo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, de onde deveriam ser retirados após 100 anos de seu nascimento, o que ocorreu a 22 de fevereiro de 1943, mas de fato só foram tirados em 18 de fevereiro de 1946 por seus filhos Afonso de E. Taunay e Raul de Taunay. A 1ª edição foi publicada em 1946 pela Editora Ipê e a 2ª em 1948, pela Companhia Melhoramentos (SP). Faleceu no Rio de Janeiro, a 20 de janeiro de 1899. Nome oficializado pelo Ato 833, de 22 de dezembro de 1915 (Processo nº 122.022/15). A Lei 4.284, de 10 de setembro de 1952 estendeu a denominação até a Avenida Rudge.

Começa na Rua Solon e termina na Avenida Rudge.

Fonte: Dic.Ruas