R VALDOMIRO SILVEIRA

Valdomiro Silveira nasceu em Cachoeira Paulista, São Paulo, em 11 de novembro de 1873. Com dois anos de idade acompanhou a família para a Capital e logo no ano seguinte, passaram a residir em Casa Branca, neste Estado. Aos 17 anos, retornava a São Paulo, já agora para iniciar o Curso de Direito. Ensaiava, então, os primeiros passos como poeta. Um ano antes, a 03 de agosto, fazia estampar, na Gazeta do Povo, o soneto intitulado Desesperança. Ainda no 1o. ano, absorvido pela literatura e pelos amores com a jovem e inteligente Isabel, sua futura esposa, teve nos exames finais, a decepção de ser reprovado numa matéria do curso. Repreendido pelo pai, resolveu abandonar a poesia, escrevendo na ocasião, uma crônica sob o título de Apostasia , que publicou em O Mercantil, de 19 de maio de 1891. Em segunda época, conseguiu galgar o 2o. ano, e daí por diante, o curso todo se fez sem qualquer obstáculo. Ao final, foi escolhido como orador da turma, sendo a peça oratória transcrita no Correio Paulistano de 23 de janeiro de 1895. Formado, foi nomeado promotor público de Santa Cruz do Rio Pardo, onde sentiu despertar o gosto pelos assuntos sertanejos, procurando a convivência dos caboclos, dedicando-se à caça e à pesca. Seu primeiro trabalho, no gênero, foi um conto, publicado em O País, na Guanabara. O Rabicho saiu no Diário Popular, em São Paulo, em 13 de setembro de 1894, tornando-o pioneiro da literatura brasileira, segundo Agenor Silveira, antecipando-se assim a Afonso Arinos, que só apareceu com seu livro Pelo Sertão, depois de 1898, muito embora Os caboclos fosse lançado em 1920. Foi grande amigo de Euclides da Cunha, justamente na época em que ele escrevia Os Sertões, às margens do Rio Pardo. Indo ali, na Companhia de Francisco Escobar, quando residia em Casa Branca, Estado de São Paulo, tornou-se amigo do grande escritor. Fixou residência em Santos, a partir de 17 de junho de 1905. Convidado, então, por Martim Francisco entrou para o seu escritório de advocacia, ali ficando até o fim da vida, sendo considerado santista de adoção. Colaborou, semanalmente, em O Estado de São Paulo, no período de 1900 a 1905, publicando dezenas de contos caipiras. Foi eleito deputado federal por São Paulo e exerceu o cargo de Secretário da Educação e Saúde Pública e também da Justiça e Segurança Pública, em 1932. Foi ainda deputado na Constituinte Paulista tendo exercido a vice-presidência e presidência da mesma. Faleceu em Santos, em 3 de abril de 1941.

Começa aquém 5,50 metros da Travessa A e termina na Rua 8. B. Vila Ester.

Nomes anteriores: Rua 2

Fonte: Dic.Ruas