R TOMAS BEZZI

Tomás Bezzi, Tommaso Gaudenzio Bezzi, nasceu em Torino, no ano de 1884. Após se formar engenheiro, participou das Campanhas de Garibaldi, foi ferido duas vezes, nas batalhas de Cápua e Milazzo. Em 1866, como oficial do Exército regular comandado pelo Duque de Aosta, combateu em Custoza contra os austríacos. Terminada a guerra, transferiu-se para o Uruguai e Argentina, começando a trabalhar em sua verdadeira profissão. Em 1875, chegando ao Brasil, fixou residência no Rio de Janeiro, onde realizou o projeto do antigo "Banco do Comércio", na Rua Primeiro de Março. Construiu também vários palacetes e o "Clube Naval", na Av. Central. Reformou o edifício do Itamarati, construindo sua ala esquerda. Apaixonado cultor das artes, colecionador de objetos antigos, de produtos de artesanato local e de minerais e também de condecorações, Gaudenzio Bezzi gozava de simpatia e da amizade das maiores personalidades da época, do próprio Imperador, do visconde e barão do Rio Branco, de Joaquim Nabuco, Quintino Bocaiuva e Rui Barbosa. Era um espírito lúcido e culto, um poeta que imaginava sempre grandes coisas. No tempo em que foi prefeito de São Paulo, o conselheiro Antonio Prado pediu a Bezzi para projetar e reforma da Praça da República, antigo Campo dos Curros. A fantazia de Bezzi transformaria a localidade numa verdadeira maravilha cujo custo, porém, foi grande. Sua maior obra foi, evidentemente, o projeto de edifício do Museu do Ipiranga. A construção de um grandioso monumento que lembrasse as gerações futuras, da proclamação da Independência, no mesmo lugar em que se tinha dado o histórico acontecimento, estava preocupando muitos paulistas e brasileiros. Assim, em 25 de outubro de 1882, foi dado o encargo do projeto a Gaudenzio Bezzi, e naquele mesmo ano, foi colocada a primeira pedra do edifício, transportada numa padiola da Rua de São Bento até o alto do Ipiranga, com um acompanhamento de 300 trabalhadores que levavam pás e picaretas enfeitadas. Os trabalhos, porém, foram iniciados somente no ano de 1885, e a construção limitou-se a realizar uma parte da "maquete" original, sendo encurtadas as grandes alas laterais que deveriam enquadrar o largo espaço na frente do edifício. O estilo neo-clássico tem nesse monumental edifício uma honesta manifestação que não se resume na materialização de fórmulas frias, mas sabe transmitir aos observadores o verdadeiro sentido de uma linguagem que sucessivamente foi se tornando por demais comum, com todas as inevitáveis e quase sempre lamentáveis derivações.

Começa na Rua Solidonio Leite e Termina na Rua Strauss. Fica entre as Ruas D e F. Jardim Teália.

Nomes anteriores: Rua e

Fonte: Dic.Ruas