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R TIMBURIBA

Vila Mariana

Esta rua foi aberta pelo sr. Alfredo Bernardo Leite em terrenos de sua propriedade, tendo sido declarada entregue ao domínio público no dia 08 de dezembro de 1928 através da Lei nº 3.246 que, também lhe deu a denominação de "Rua Timburibá"

Timburibá: nome de uma árvore e de uma lenda indígena dos índios Puris que habitavam o Vale do Paraíba paulista e fluminense.

A LENDA DO TIMBURIBÁ
No atual município de Resende (R.J.), e antes da chegada do homem branco, vivia, no sopé da Serra da Mantiqueira, um grupo de Puris, cujo cacique era o velho Poju. Na mesma tribo, vivia o jovem guerreiro Tabara, que passou a ambicionar o posto de cacique do grupo e a filha deste, a bela Jacyra. O velho cacique Poju, percebendo a dupla ambição de Tabara, tramou a morte do índio com outro bravo guerreiro chamado Imburé, ao qual destinara a mão de Jacyra. Esta, percebendo a trama mortal, sabotou o cordão do arco de Imburé. No confronto entre os dois guerreiros, o arco de Imburé arrebentou, dando oportunidade para Tabara fulminá-lo com certeira e mortal seta que traspassou-lhe o coração. Tabara, a par da trama de Poju e Imburé, reuniu um grupo de guerreiros para depor o cacique Poju. Quando ia acesa e viva a luta, Jacyra se interpôs entre os guerreiros, empunhando um ramo da árvore Timburibá, que era o sinal de rendição de Poju. Jacyra intercedeu pela vida do pai Poju e de seus guerreiros, com o que concordou Tabara, porém com a condição de que Jacyra deixasse a casa paterna e o acompanhasse. Assim, Tabara e Jacyra, com um grupo de guerreiros Puris e suas mulheres, deixaram a taba e partiram para formar outro grupo independente. Deslocaram-se para a margem esquerda do rio Paraíba, no atual Campos Elíseos. Dali, após construírem canoas, atravessaram o Paraíba abaixo da correnteza, que era muito piscosa, e estabeleceram nova taba na atual região do Alto dos Passos. Ali, próximo da atual capela, Jacyra plantou o ramo de Timburibá. Esta árvore cresceu rapidamente por interferência do espírito do bem e da paz. Foi à sombra dele que o casal Tabara-Jacyra passou a residir e nela a pequena tribo Puri, que acompanhava o cacique Tabara. Sob o Timburibá a tribo passou a se reunir para os cerimoniais tribais e confraternizações. Mas em sua sombra a má sorte continuou a perseguir o casal Tabara-Jacyra. Os dois filhos do casal, que não se criaram, foram sepultados sob o Timburibá. A Índia Ingaíba, que amava Tabara, conspirou com o espírito do mal, para fazer crer a Tabara que sua Jacyra o estava traindo com seu amigo, o guerreiro Potiá. Sem nada averiguar, Tabara, secretamente, matou Potiá e deixou que uma onça canguçu bebesse o seu sangue em uma das grotas do maciço Itatiaia (pedra em forma de agulhas), onde abandonara Potiá.
Imaginado Tabara que o filho no ventre de Jacyra fosse de Potiá, fez com que esta bebesse, sem o saber, um chá abortivo. Duas horas decorridas, Jacyra abortou o filho e, ao contemplá-lo, Tabara viu seus traços fisionômicos. Quando sepultava o filho sob o Timburibá, Tabara perguntou a Jacyra: - Tu amas Potiá? - Não. Ele vem aqui porque é teu amigo e sai triste, quando não te encontra. Então vai procurar-te nas brenhas do Itatiaia, de onde, até agora, não retornou. Foi então que Tabara confessou a Jacyra que matara Potiá. casal discute e Jacyra defende sua fidelidade. Tabara convidou Jacyra para consultarem o espírito do bem, que se esconde sob a Pedra Sonora, na atual Serrinha. E o espírito do bem revelou toda a trama de Ingaíba com o espírito do mal. Anhangá, o espírito do mal, perturbou a cabeça de Tabara. Potiá e Jacyra nunca se amaram. Ingaíba, a invejosa, é que ama Tabara sem que ele o saiba. E foi para conquistar o amor de Tabara que ela armou toda esta trama trágica. Tabara, agora convicto da fidelidade de Jacyra, propôs-lhe capturar Ingaíba, para que, a quatro mãos, a matassem moqueada ou assada nas brasas. Jacyra preferiu que Ingaíba vivesse, pois bastava o sangue de Potiá, que Tabara, criminosamente, dera à onça canguçu para beber, para atrair para a cabana deles sob o Timburibá, os raios de Tupã encolerizado pelo crime de Tabara. Jacyra não teve mais filhos. Foi tomada de imensa tristeza e começou a definhar. A notícia de que seu velho pai havia morrido, vítima de um incêndio em sua cabana, sem socorro, por não poder mais caminhar, fez retornar as mágoas de Jacyra. Assim, quando Tabara saiu para uma longa excursão, certa noite, uma coruja no topo do Timburibá deu o seu sinistro e tétrico pio de mau agouro. Jacyra levantou-se. Apanhou uma pequena cabaça com veneno e foi para junto do tronco do Timburibá onde, à luz de uma pequena fogueira, pintou três quadros no tronco da árvore, em meio a choro, convulsivo. A seguir, ingeriu de um sorvo só a cabaça de veneno e, em pouco tempo, morreu estirada e abraçada nas sepulturas de seus dois filhos. E foi assim que, no outro dia, Tabara a encontrou, suspeitando desde longe de alguma tragédia, por ver o Timburibá apinhado de urubus. A seguir, depois de contemplar os quadros esculpidos por Jacyra, entendeu tudo. No primeiro quadro, Jacyra representou um velho alquebrado e desesperado ao ver uma ave de rapina levar nas garras uma pomba e sem nada poder fazer. No segundo, a mesma ave de rapina abrindo o ventre da pomba. No terceiro, uma mulher ingerindo o líquido de uma cabaça e, coma mão direita, despedindo-se de um guerreiro que chorava. Tabara foi tomado de grande desespero e tentou suicídio, batendo a cabeça no tronco de Timburibá, até o desmaio. Refeito, deu sepultura à Jacyra, ao lado da dos filhos. Antes de cobrir a esposa com terra, fez sangrar seu peito com a ponta de uma seta e deixou o sangue jorrar sobre o corpo de Jacyra. Coma as mãos postas voltadas para Jacyra murmurou soluçando estas palavras de pedido de perdão:
- Jacyra, eu te suplico, perdoa meus erros como perdoastes a malvada Ingaíba. Lava com meu sangue a injúria que fiz à tua inocência! Potiá, bebe algumas gotas do meu sangue para fortalecer o braço da tua vingança! Poju, abençoa o meu sacrifício sangrento com as tuas mãos de pai comovido!
Tabara, em seguida ao sepultamento, disparou a correr alucinado. Por muito tempo curtiu seus remorsos. Um dia, foi encontrado morto no rio Paraíba. Os guerreiros Puris, que liderara um dia, o sepultaram ao lado de Jacyra e dos seus dois filhos, à sombra do velho Timburibá plantado por Jacyra.

Fonte: http://www.resenet.com.br/lenda.htm

Começa na Rua Domingos de Morais, e termina na Rua Afonso Celso. B. Saúde.

Fonte: Dic.Ruas

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