R SHELDON

A exemplo de outras ruas na região, este logradouro homenageia um antigo funcionário da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, também conhecida como São Paulo Railway ou “Inglesa”. Aqui o homenageado é William John Sheldon, engenheiro chefe da estação da Luz, sendo o responsável pelas obras desta estação no início do século XX. Sheldon foi ainda responsável por parte do projeto da Vila de Paranapiacaba.  Foi casado em primeiras núpcias com D. Cândida de Barros e teve os filhos Alberto de Barros Sheldon e Edith de Barros Sheldon. Em segundas núpcias casou-se com D. Irene de Sampaio Leite com quem teve o filho Eduardo de Sampaio Sheldon. O engenheiro propôs a criação da primeira Caixa de Aposentadoria para os ferroviários da antiga São Paulo Railway. Incomodado com a situação de milhares de trabalhadores ferroviários, William J. Sheldon, em uma viagem que fez a Buenos Aires, teve conhecimento de uma tal "Caja de Jubilaciones" dos ferroviários argentinos. Então, ele obteve uma cópia dos estatutos, os quais trouxe para São Paulo para traduzir ao português, afim de melhor estudá-los. Tendo em mãos os elementos para tornar realidade sua ideia, iniciou uma campanha junto aos seus colegas da administração. Com a colaboração de colegas como Charles Chapman, Percy Corbett, Arthur Lessa, Francisco Campos, Nicolau Alayon e outros, William Sheldon organizou uma primeira reunião em Paranapiacaba, em 8 de maio de 1921, onde a ideia da criação de uma Caixa de Pensões foi lançada. O também engenheiro Francisco Monlevade, ficou encarregado de obter apoio de seu amigo e deputado Eloy Chaves, no intuito de ser levada a proposta para aprovação do Congresso. A Lei Eloy Chaves, aprovada em 1923, foi a base da Previdência Social Brasileira. A Revista Ferrovia atribui a William John Sheldon o título de "Pioneiro da Previdência Social no Brasil" devido aos seus feitos no que diz respeito à criação da aposentadoria aos ferroviários, que serviu de exemplo à outras coletividades trabalhistas. William John Sheldon faleceu em São Paulo no dia 22/02/1942, aos 78 anos de idade, e foi sepultado no cemitério da Consolação.

Fontes: Jornal O Estado de São Paulo 24/02/1942 e Revista Ferrovia nº 100 JAN/FEV de 1985

Começa na Rua Jorge Dronsfield e termina na Rua Clemente Alvares.

Fonte: Dic.Ruas