R SEN OTAVIO MANGABEIRA

O senador Otávio Cavalcanti Mangabeira nasceu em Salvador, Bahia, em 27 de agosto de 1886. Iniciou seus estudos no Colégio, depois Ginásio São Salvador. Aluno Precoce de vivíssima inteligência desde os primeiros dias distinguiu-se dos condicípulos, e aos 13 anos estava pronto para os preparatórios. Correpondendo os desejos da família que lhe destinara a carreira de engenheiro matriculou-se em seguida na Escola Politécnica, diplomado engenheiro civil e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, em 19 de dezembro de 1905. Ao formar-se com 19 anos de idade, mereceu a honra de ser escolhido, unanimamente para orador da turma. Como jornalista, sua primeira produção litéraria, aos 17 anos de idade, em 1903, foi um manifesto contra a reforma da Constituição baiana, que exigiam que candidatos tivessem residência fixa no Estado. Um ano mais tarde, entrou para a redação do "Diário de Notícias", onde começou assinando uma seção em verso. Trabalhou depois, na "Gazeta do Povo", e mais tarde em "O Democrata", órgão do Partido Político chefiado pelo Sr. J.J. Seabra. Em 1906, um ano depois de formado, entrou para o corpo docente da Politécnica, tendo regido, até 1912 três cadeiras: Trigonometria Esférica, Astronomia e Geodesia; Química, e Navegação Interior, Portos de Mar e Faróis. Sua passagem pelo magistério foi brilhante, mas rápida. Engenheiro e professor, dentro de pouco trocaria essas atividades pela carreira política, para a qual parecia predestinado. Em maio de 1910, em sua qualidade de lente de Astronomia, proferiu em Salvador perante grande assistência notável conferência acerca de "Halley" e o cometa de seu nome - assunto que despertava então, grande interesse público. Depois de ter sido vereador, foi eleito deputado federal em 1912 e teve que licenciar-se na Politécnica. Aposentado, por motivos políticos, em 1937, pelo 177, foi depois reintegrado, em 1945, pelo presidente José Linhares, mas como deputado federal e governador da Bahia, e também pelo fato de haver a sua cadeira passado de Astronomia para Economia Política, quando foi considerado professor excedente do quadro, jamais lhe foi possível retornar a cátedra, de que foi aposentado, compulsoriamente, em agosto de 1956, ao completar 70 anos de idade. Publicou entre outros os seguintes trabalhos: "Voto de Saudade", 1930; "A Nação e os problemas de governo", 1930; "Pelos foros do idioma", 1930; "Christus Imperial", 1930; "Tradições navais do Brasil", 1930; "Halley e o cometa de seu nome - precedido de um breve estudo preparatório e geral sobre o céu e os corpos celestes, especialmente os cometas", "Discursos parlamentares e políticos", "Introduções ao Relatório do Ministério das Relações Exteriores" (1926-1930), "As últimas horas da legalidade", "Um pregador da paixão", "Oração de recepção na Academia e outras orações acadêmicas", 1934, e "Machado de Assis", 1954. Depois de recusar por três vezes, ser candidato, foi eleito, sem competidor, em 25 de setembro de 1930, membro da Academia Brasileira de Letras, para ocupar a cadeira nº 23, vaga com a morte de Alfredo Pujol e da qual é patrono José de Alencar. Mas em virtude dos acidentes políticos que envolvera a sua vida, levando-o para o exílio na Europa, somente pode ser recebido em 1º de setembro de 1934. Voltou ao Brasil em maio de 1945, pois o Supremo Tribunal Federal lhe concedeu "habeas corpus", elegeu mais uma vez deputado federal e foi lider e presidente da UDN. Faleceu em 29 de novembro de 1960.

Começa na Rua 1 e termina na Rua Dr. Flávio Américo Maurano, fica entre as Ruas Flávio Américo Maurano e Rua 48. B. Jardim Morumbi.

Nomes anteriores: Rua 47

Fonte: Dic.Ruas