R RICARDO GUMBLETON DAUNT

O Dr. Ricardo Gumbleton Daunt era natural de Casa Branca, Estado de São Paulo, onde nasceu no ano de 1894. Exerceu o cargo de promotor público, foi convidado para o Serviço de Identificação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo que dirigiu por longos anos, sendo elogiado pelo seu trabalho como remodelador da Polícia Técnica Científica de São Paulo. Idealizou e criou no Serviço de Identificação os Laboratórios de Antropologia Criminal, de Odontologia Legal, de Química Legal, o Arquivo Monodactilar, permitindo pela colheita das impressões digitais nos locais do crime, a identificação de inúmeros criminosos, o Arquivo Dactiloscópio totalmente reestruturado, com a criação das mesas "Daunt", assim cognominadas em homenagem ao seu idealizador, e foi, ainda, o inspirador da Instituição do Registro Criminal do Estado. Por sua iniciativa foram criadas as "Mesas Dr. Acácio Nogueira", destinada à tomada de impressões digitais. Foi um dos poucos brasileiros que se tornou colaborador efetivo da "Revista de Derecho Penal", da Argentina. Fez parte do corpo de redatores da "Revista Identificação e Ciências Penais" e do Museu Vucetich de La Plata. Obras de sua autoria foram divulgadas na França e Portugal. Era sócio efetivo e colaborador de prestigiosas entidades culturais e portador de significativos títulos científicos nacionais e estrangeiros. Foi o fundador da revista "Arquivos de Polícia e Identificação" e autor de trabalhos pioneiros sobre a "Ciência de Identificação", citando-se, entre muitos, a monografia reconhecida mundialmente, "Herschel e a Daliloscópia". Participou de diversos congressos internacionais de sua especialidade, sendo que as suas teses e os estudos de sua lavra foram publicados nos Estados Unidos, Argentina e Chile. No campo de História e das Letras Genealógicas, escreveu obras de vulto, salientando-se, entre muitas "O Padre Diogo Antônio Feijó na tradição da família Camargo", obra clássica sobre a figura do Regente. Publicou também: "Diário da Princesa Isabel", "O Capitão Diogo Garcia da Cruz e sua geração" e "Tradições Paulistas". Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico e do Instituto Genealógico Brasileiro. Recebeu a Comenda da Soberana Ordem Militar de Malta. Quando de sua aposentadoria foi homenageado pela Câmara Federal, pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e pelas entidades Paulistana e Campineira. Foi considerado no Manual de Psicologia e Psicopalogia Juduciária de Edmur de Aguiar Withaker, como o Patrono e Incentivador da Psicologia e Psiquiatria Judiciária em nosso meio. Faleceu em São Paulo em 17 de fevereiro de 1977.

Começa na Rua Miguel Bastos Soares, e termina na Avenida Nacionalista, fica entre as Ruas João Baptista de Lima e 2. Setor: 148 - Qdas: 130 e 131.

Nomes anteriores: Rua 3, Também Conhecida Por José Luiz de Mendonça

Fonte: Dic.Ruas