R RAMIRO DE SANTA CRUZ ABREU

O contra-almirante Ramiro de Santa Cruz Abreu, nasceu no dia 5 de agosto de 1925, no antigo Distrito Federal, posteriormente estado de Guanabara. Filho de uma família de tradição militar, e muito cedo manifestou vocação para a carreira naval. Concluindo os preparatórios no Colégio São Bento, entrou para a Escola Naval, sendo declarado guarda-marinha em fevereiro de 1945. Quando fazia o curso de aplicação como guarda-marinha foi agraciado com a medalha de distinção de primeira classe por ter salvo, com risco da própria vida, um colega e três subalternos que estavam se afogando no decorrer de uma manobra. Como oficial subalterno desempenhou comissões em diversos estabelecimentos e navios da Armada. Fez cursos especiais de eriptolofia e criptoanálise do Estado Maior do Exército, de ativismo social da Fundação Intercontinental de Realismo Social e de Técnica de Ensino. Em 1952, já como capitão-tenente integrou uma comissão da Marinha de Guerra, que em um trabalho conjunto das três Armas, trabalhou contra a infiltração comunista. Foi diretor do presídio da Marinha, remodelando nos dois anos em que ali esteve, a organização do estabelecimento. Comandou o destacamento de fuzileiros navais em Pirapora, Minas Gerais, nas margens do Rio São Francisco. Acidentado em serviço, esteve em tratamento no Hospital Naval de Bethesda nos Estados Unidos, permanecendo neste país como membro da Comissão Naval Brasileira em Washington. De volta ao Brasil, foi designado chefe do serviço de material bélico do corpo de fuzileiros navais, organizou o núcleo das embarcações de desembarque. Foi oficial de gabinete do Ministro da Marinha. Desempenhou o cargo de encarregado geral de esportes do Corpo de Fuzileiros Navias. Já oficial superior, deixou suas funções no gabinete do ministro da marinha para fazer um curso de um ano, na Amphibious Warfere School nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil, e foi reconduzido as funções de oficial de gabinete do ministro da Marinha. Fez o curso preliminar de comando e Estado-maior. Desempenhou diversas comissões no Brasil e no exterior. Em consequência do acidente sofrido anteriormente, foi reformado no posto de contra-almirante. Posuia as medalhas: a Ordem do Mérito Naval grau de comendador, a medalha de serviços de guerra, a medalha militar de bons serviços, sem contar inúmeras outros elogios que consta em sua longa folha de serviços. Na vida civil, prestou a Companhia Hidrelétrica do Vale de Paraíba, como diretor, serviços nos mais diferentes setores, desde a organização da estrutura da empresa até a criação de um sistema de controle do andamento das obras, e rigoroso controle do pagamento das medições dos serviços contratados por empreiteiros, como assessor da companhia para assuntos de segurança industrial, implantou o sistema de segurança da Central Termo elétrica de Santa Cruz. Em 1964, participou do movimento revolucionário e foi levado a Superintendência de Transportes da Baia de Guanabara, onde permaneceu cerca de um ano, tempo suficiente para deixar suas marcas de organizador e disciplinador. Foi membro da assessoria técnica de Cotia, membro efetivo do Conselho de Administração de Produtos Alimentícios Supergel S.A., chefe de gabinete da Secretaria de Abastecimento da Prefeitura de São Paulo e secretário interino do Abastecimento. Faleceu em 19 de novembro de 1969.

Começa na Rua João Gomes Júnior e Termina na Rua 18. Fica entre a Av. Comendador Alberto Bonfiglioli e a Rua João Gomes Júnior.

Nomes anteriores: Rua 17

Fonte: Dic.Ruas