R RAFAEL IELO

Rafael Ielo, filho de Salvatore Ielo, natural da Itália, nasceu em 15 de outubro de 1874. De seus oitenta e um anos de vida mais de sessenta os passou no Brasil e deste mais de quarenta em Caconde, no interior do Estado de São Paulo. Sua vocação de pioneiro se fez sentir em todas as várias atividades que exerceu, numa época em que inexistindo os meios de comunicação que o mundo atual conhece, consistia verdadeira aventura embrenhar-se sertão a dentro, a fim de plasmar a civilização brasileira, mestre escola, nos primórdios do século, na zona rural de Alta Mogiana, Rafael Ielo levava as lonjuras do Brasil a luz da alfabetização, que só tardiamente passou a ser empresa do governo e, como tal, obrigatória em todo o território nacional. Como caixeiro viajante foi verdadeiro desbravador dos sertões paulistas e mineiros, tendo sido realçada sua atividade pioneira pelo então jornal "A Época". Em 1910 fixou-se na cidade de Caconde, de que se tornou um dos mais ilustres e respeitados cidadãos, mercê de sua ação pioneira no desenvolvimento de Caconde, cujo progresso se deve principalmente a indústria madeireira que nessa cidade estabeleceu Rafael Ielo, e ao mesmo tempo em que na mesma Caconde fez montar a primeira grande máquina para benefício do café, também uma das primeiras a instalar-se no Brasil. Sem nunca renegar sua pátria, a Itália, foi um autêntico cidadão brasileiro. Eleitor praticante, foi por muitos anos suplente de juiz federal, exercendo por diversas vezes a função. Formou família exemplar, herança única que lhes legou, pois morreu pobre, mas continua honrado nas pessoas de seus filhos, sobretudo o Dr. Salvador Ielo, médico laureado com o grande "Prêmio Alvarenga da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro", o Dr. Dante Ielo inspetor-farmacêutico da Secretaria da Fazenda; Dr. Francisco Petrarca Ielo, delegado de polícia e diretor do Departamento de Investigações de São Paulo; Dr. Mário Ielo, delegado de polícia e delegado regional da polícia de Araçatuba e Vitório Ielo, inspetor escolar da zona de Lucélia. Faleceu no Brasil em 30 de julho de 1955.

Constituida pela reunião das Ruas G-21 e III.

Fonte: Dic.Ruas