R PROF CARLOS RIZZINI

Carlos Andrade Rizzini nasceu em Taubaté em 25 de novembro de 1898. Terminou seus estudos secundários no Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1919, com 21 anos de idade, iniciou sua carreira jornalística como repórter, ao mesmo tempo em que seguia seu curso de Direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Seu primeiro emprego no "O Jornal" foi como repórter de estrada de ferro. Apanhava notas nas diretorias e seções da Central do Brasil, sobre as pessoas importantes que chegavam e partiam. Rizzini descreveu sua primeira função em jornal: "Era um trabalho cacete e humilhante, esse de perguntar a graça aos viajantes de grande aparência, certamente, muito aquém das inquetas aspirações literárias de um ex-capitão do Colégio D. Pedro II e membro efetivo da Academia Brasileira dos Novos, onde eu convivia com Castro e Silva. Atílio Milano, João Castelo Branco, Gomes Leite e José Geraldo Vieira". Rizzini estudava, e de repórter passou a fazer traduções de Inglês e Francês para "O Jornal". Já nessa época, voltou-se para a segunda atuação profissional, que acompanhou-o por toda a vida: O magistério. Em 1920 começou a dar aulas de História e Geografia no Ginásio Metropolitano, Colégio Silvio Leite e no Liceu Francês. Posteriormente trabalhou em mais dois jornais: "Rio Jornal" e "Boa Noite". Em 1921 já era secretário de redação, com 23 anos de idade. Em 1923 foi para Petrópolis para dirigir a tribuna de Petrópolis. Fundou em seguida o "Jornal de Petrópolis". Permaneceu em Petrópolis 12 anos, nos quais além do trabalho de redação. Elegeu-se deputado estadual, mandato que exerceu de 1927 a 1930, acumulou-o com as funções de vereador de Petrópolis. Mais tarde chegou a vice-presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 1934 voltou ao Jornalismo carioca para se tornar secretário do "Diário da Noite". Daí, foi para "O Jornal" e depois para a direção da "Agência Meridional" e "Rádio Tupi". Sua capacidade de organização e liderança foi logo percebida por Assis Chateaubriand, desde quando o Velho Capitão comprou "O Jornal" e colocou Rizzini na Secretaria. Rizzini foi para o Rio Grande do Sul assumir a Direção das empresas associadas de 1940 a 1945. Depois veio para São Paulo dirigir os "Diários Associados". De 1948 a 1955 exerceu a Direção dos "Diários do Rio de janeiro". Colaborou com vários jornais de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em 1951 foi nomeado diretor do Serviço de Rádio Difusão no Ministério de Educação. Como membro de entidades da classe, sua atuação esteve sempre presente. Foi presidente do Sindicato de Proprietários de Jornais e Revistas de São Paulo, de 1943 a 1945, presidente do mesmo sindicato em São Paulo no biênio 1952 a 1953, e presidente do Clube dos Diretores de Jornais de São Paulo em 1943. Na gestão do prefeito Prestes Maia, como secretário da Educação do município lutou pela ampliação dos parques infantis na Capital Paulista. Ainda como Secretário da Educação foi diretor da Escola de Jornalismo Cásper Líbero em 1962. Nos últimos anos era diretor do "Jornal do Comércio". Em 29 de janeiro foi empossado na Academia Paulista de Letras, cadeira nº 31, ocupada anteriormente por Spencer Vampre. Suas obras literárias o levaram a isso. Seu primeiro livro é um amplo ensaio sobre a informação e os meios de comunicação, o Correio e as sociedades literárias, a Maçonaria desde os anos de 1.500 até a Independência. O título desta obra é "O Livro, o Jornal e a Imprensa no Brasil" editado em 1947, tornou-se depois um livro raro e cobiçado pelos colecionadores. Escreveu em 1952, "O Ensino do Jornalismo", e em 1958 publicou "Hipólito da Costa e o Correio Braziliense", considerado obra definitiva sobre o primeiro jornalista brasileiro. Seu último livro é de 1968, "O Jornalismo Antes da Tipografia". Faleceu em 19 de julho de 1972.

Começa na Rua Doutor Victor Eugênio do Sacramento e termina na Rua Iboti.

Nomes anteriores: Rua 29

Fonte: Dic.Ruas