R PEDRO DOMINGUES

Pedro Domingues, paulista, filho de outro de igual nome falecido antes de 1602 e de sua mulher Clara Fernandes e que declarou em 1638 ter sessenta anos de idade, ser casado, com diversos filhos, foi sertanista que tomou parte em várias expedições, a primeira das quais que sabemos foi a ordenada pelo provedor das minas Diogo de Quadros e saída de São Paulo, no últimos de novembro de 1613, sob o comando de André Fernandes, de Parnaíba. Pedro Domingues figurou nela como escrivão da bandeira e a mesma atingiu regiões fundas do noroeste brasileiro, indo alé do chamado sertão do Paraúpava, em Goiás. Compunha-se ela de trinta brancos e é a mesma referida pelo padre Serafim Leite, na obra abaixo mencionada, onde prublica um itinerário, escrito pelo padre Antonio de Araujo, da Companhia de Jesus, sob referencias do dito padre Domingues, sob o título: - "Informação da entrada que se pode fazer da Vila de São Paulo ao Grande Pará e ao verdadeiro Maranhão". - Regressando a São Paulo em princípios de 1615, Pedro Domingues voltou aquelas paragens com a bandeira de Antonio Pedroso de Alvarenga, nesse mesmo ano e só retornou em 1618. Em 1628 seguiu ele para o Guairá, na leva de Mateus Luís Grou. Em 1638, com sessenta anos, requereu e obteve uma sesmaria em Santo Amaro. 

Fonte: FRANCO, Francisco de Assis Carvalho. Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil. São Paulo: 
Comissão do IV Centenário da cidade de São Paulo, Serviço de Comemorações Culturais, 1954.

O nome Pedro Domingues estava presente na planta do arruamento da Villa Regente Feijó realizado nos terrenos de propriedade da Associação Feminina Beneficente e Instrutiva. Tratava-se de um nome dado pelos próprios moradores e não havia um histórico sobre esta pessoa. A Divisão de Documentação Histórica do Departamento de Cultura, encarregada de propor novas denominações, optou por manter este nome que já estava em uso considerando a existência de outro Pedro Domingues que foi um povoador paulista do século XVI (processo 27.743/39, fls. 18).

Logradouro oficializado através do Decreto-Lei nº 230, de 19 de novembro de 1943.

Começa na Avenida Regente Feijó e termina na Praça Armando Cardarelli.

Nomes anteriores: Rua 2

Fonte: Dic.Ruas