R PDE LANDELL DE MOURA

O Padre Landell de Moura, pioneiro da telegrafia e da telefonia sem fio, nasceu em Porto Alegre em 1861. Fez os estudos iniciais no Colégio dos Jesuítas em São Leopoldo - Rio Grande do Sul, em 1879. transferiu-se depois para o Rio de Janeiro onde matriculou-se na Escola Politécnica, abandonando-a para seguir carreira eclesiástica. Viajando para Roma, ingressou no Colégio Pio-Americano e depois na Universidade Gregoriana. Em 1886, já ordenado sacerdote, regressou ao Brasil mantendo no Rio de Janeiro, longas palestras de caráter científico com o Imperador Pedro II. Em 1892, foi transferido para São Paulo, onde foi vigário em Santos, Campinas e no bairro de Santana. Sua primeira experiência teve lugar na capital paulistana, durante os anos de 1893 a 1894, quando transmitiu, pelo telegrafo sem fio, do alto da av. Paulista para o alto de Santana, em uma distância aproximada de 8 quilômetros, em linha reta. Isto quase dois anos antes das experiências feitas por Marconi em 1895, em Ontechi na Itália. O padre Landell conseguiu vencer a distância mas não conseguiu vencer as dificuldades a incredulidade e a ingnorância. As autoridades eclesiásticas não via com bons olhos as experiências do sacerdote, e as autoridades civis por sua vez, recusavam qualquer estímulo que permitisse o prosseguimento das pesquisas. A notícia da transmissão em São Paulo, despertou grande indignação entre alguns paroquianos que, repetindo o vandalismo da idade média invadiram o laboratório e destruiram todos seus instrumentos e utensílios. A reação contra seus estudos tornou-se tão violenta, que alguns amigos o aconselharam a abandonar a batina, a fim de dedicar-se inteiramente a ciência. Respondia o sacerdote: Quero mostrar ao mundo que a Igreja Católica não é inimiga da ciência e do progresso humano. Esta fidelidade a Igreja, não impediu que o padre Landell, em sua viagem aos Estados Unidos, tivesse seu direito cassado. Indiferente ele continuava pesquisando e lutando. Conseguiu finalmente uma patente brasileira sob nº 3.279, expressamente concedida para um aparelho apropriado a trasnmissão da palavra a distância com ou sem fio, através do espaço. Pelo fato de só conseguir essa patente em 1900, perdeu a prioridade científica oficial do invento da telegrafia sem fio para Marconi que a registrou antes. Em junho de 1900, magoado com a hostilidade de seus compatriotas pensou em doar seus inventos a grã-Bretanha, pátria de seu avô, não levando avante essa intenção. Em 1901, seguiu para os Estados Unidos, onde abriu uma oficina e montou modelos de seus inventos patenteando-os no "The Patent Office", de Wasgington, os aparelhos que denominou Wirelles Telegraph (telégrafo sem fio), receberam os nºs 775,846,337,771 e 917. A tradução integral destas patentes figura no livro "O incrível Padre Landell de Moura", onde são descritos a vida e os inventos do Padre Landell. Nos Estados Unidos, para não prejudicar o Brasil, Landell recusou propostas para explorar os seus inventos. Decorridos 17 anos que a Lei Americana estipula, puseram os americanos em prática os inventos do padre brasileiro. De volta ao Brasil, dirigiu-se ao presidente Rodrigues Alves, solicitando 2 navios para demonstração entre 2 navios. Inúmeras vezes afirmou a possibilidade de transmitir a imagem a grande distância, antevendo a invenção da televisão. Padre Landell era notável orador sacro e foi vigário de Botucatu e Migi das Cruzes. Faleceu em Porto Alegre, em 30 de junho de 1928.

Começa na Rua Alonso Calhamares e termina na Avenida Eleonora Cintra, fica entre as Ruas Prof. João de Oliveira Torres e Cândido Lacerda.

Nomes anteriores: Rua 11, Jardim Anália Franco

Fonte: Dic.Ruas