R PDE ANTONIO D'ANGELO

Esta denominação foi sugerida pelo então vereador Jânio Quadros através do Projeto de Lei nº 414 de 1948. Conforme biografia apresentada pela Cúria Metropolinata em 1948 “O Padre Antonio D'Angelo nasceu em Latronico, província de Potenza, na Italia, aos 13/06/1890, sendo seus pais os Srs. Caetano D'Angelo e D. Maria Giuseppe Pittella. Fez os estudos eclesiásticos no Seminário Regional de Nápoles, recebendo as ordens sacras menores, o subdiaconato e o diaconato, em 1916, na cidade de Policastro dei Golfo. Ordenou-se sacerdote nessa mesma cidade no dia 3 de Abril de 1920. Desde cedo demonstrou grande inclinação para as ciências físicas e matemáticas, de que foi exímio professor. E é interessante assinalar aqui ter sido encontrada, entre os papeis deixados pelo saudoso Pe. Antônio, uma patente registrada no Rio de Janeiro de uma máquina elétrica, resultado de longos estudos e pacientes experiências. Passou o Padre Antonio os primeiros anos de seu sacerdócio na Itália, sua pátria, embarcando depois para os Estados Unidos. Ali passou alguns anos, adquirindo grande conhecimento do inglês, idioma que falava com facilidade e do qual deixou, em manuscrito, uma interessante e ótima gramática. Veio depois para o Brasil, tendo pároco em várias cidades do interior de São Paulo. Fixou depois residência na capital, sendo admitido nesta Arquidiocese, a 19 de Maio de 1941. Foi capelão da Casa da Infância, pertencente à benemérita Liga das Senhoras Católica; vigário substituto da Freguesia do Ó e do Tucuruvi. Tendo sido criada a paróquia de N. Senhora das Dores, pelo sempre saudoso D. Jose Gaspar de Afonseca e Silva, foi o Pe. Antonio D'Angelo nomeado seu primeiro pároco, por provisão de 9 de Janeiro de 1940. Aos 28 do mesmo mês tomava posse, solenemente, dessa paróquia, em presença de altas autoridades eclesiásticas e num ambiente de intenso regozijo dos fiéis da Casa Verde.  Entre os trabalhos desenvolvidos pelo Padre Antonio está a ampliação da matriz de Nossa Senhora das Dores, com a construção de novas capelas laterais. Ao mesmo tempo em que desenvolvia essas atividades nas obras da matriz das Dores, construiu o Pe. Antonio, para sua residência e para os futuros vigários, uma boa casa paroquial, aumentando, assim, o patrimônio de sua paróquia. Mas o que demonstra seu grande tino foi a construção do cine D. José. Terminado com grandes sacrifícios, o cine D. Jose se transformou num grande e formidável patrimônio. Quando estiver desimpedido das dividas, será o cine D. Jose uma garantia segura para os futuros empreendimentos paroquial. As rendas do aluguel do cine D. Jose poderão, mais tarde, sustentar, comodamente, o acabamento da matriz e, depois, custear outras belas e importantes obras de grande alcance social, como asilo para pobres, ambulatório infantil, escola paroquial, consultório médico e dentário para os pobres; enfim, será a base econômica de todos os grandes movimentos da paróquia de N. S. das Dores de Casa Verde. Tendo sido o Pe. Antonio D'Angelo o primeiro vigário e o pioneiro dos progressos nessa parte da Casa Verde, constituída pela paróquia de N. S. das Dores e justo e mesmo necessário que fique o seu nome, para sempre, ligado a esse bairro que tanto amou e pelo qual tanto fez. Dando a uma das ruas da Casa Verde o nome do querido e inconfundível Pe. Antonio D'Angelo rende essa Prefeitura um preito de justiça e de gratidão ao Padre que já tem o seu nome gravado no coração de todos os que o conheceram e que vivem neste recanto formoso de São Paulo. O Padre Antonio D’Angelo Faleceu em 1948.

Fonte: Justificativa e biografia apresentada pela Cúria Metropolitana de São Paulo.  

Começa na Rua Atílio Piffer e termina na Rua Reliquia.

Nomes anteriores: Rua Imbuí (ATO nº 246/31) , Rua Imbuhy e Estrada do Limão (trecho).

Fonte: Dic.Ruas