R MIN NELSON HUNGRIA

Nelson Hungria Hoffbauer nasceu na cidade de Além Paraíba, Estado de Minas Gerais, no dia 16 de maio de 1891. Em 1909 formou-se pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, com apenas 18 anos de idade. Inicialmente exerceu a Promotoria de Justiça da comarca de Pomba, em seu Estado natal. De 1910 a 1922 advogou em Belo Horizonte. Dessa Capital foi para o Rio de Janeiro, onde atuou como delegado de Polícia de 1922 a 1924. Nessa sua curta passagem pela Polícia introduziu novos métodos e conceitos em sua Delegacia. A primeira coisa que fez ao chegar ali foi jogar fora a palmatória, que era costumeiramente usada para conseguir confissões nos interrogatórrios. Depois, mediante concurso, no qual obteve o primeiro lugar, passou a ocupar o cargo de pretor, até 1937. Nessa mesma época realizou outro concurso e tornou-se livre docente da Faculdade Nacional de Direito. No ano de 1937 foi promovido, por merecimento, a juiz de Direito. Como promotor, brilhou no júri, mas o sucesso não o reconciliou com a instituição: era um adversário do tribunal popular. Foi ainda membro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Superior Tribunal Eleitoral, onde aos 70 anos de idade aposentou sua brilhante carreira na magistratura. Era um admirador do dinamismo de São Paulo e dos paulistas e embora tivesse, inicialmente, contestado o acerto da mudança do Superior Tribunal Eleitoral para Brasília, tornou-se, depois, um ardente defensor da mudança da Capital Federal para o planalto goiano. É um dos autores dos Códigos Penal e Processual Penal, das Leis de contravenções e dos crimes contra a economia popular. Foi delegado do Brasil no 2º Congresso Latino-Americano de Criminologia realizado em 1941, no Chile, onde defendeu com elevação e energia, os pontos de vista adotados pelo novo Código Penal Brasileiro. Participou também do Congresso do Ministério Público efetuado em São Paulo, em 1942, proferindo a conferência inaugural. Era membro da Sociedade Brasileira de Criminologia, e presidente do Clube dos Advogados do Distrito Federal. Publicou diversas obras de valor: "Fraude Pena", "Dos Crimes em Espécie", "Legítima Defesa Putativa", "Dos Crimes Contra Economia Popular", "Questões Jurídico-Penais" e "Comentários ao Código Penal", além de conferências e artigos doutrinários. Faleceu na Guanabara em 26 de março de 1969.

Começa na Avenida Morumbi e termina a 30,00 metros aquém da Rua George Eastman. Fica entre as Ruas Eduardo Saigh Filho e Rua Francisco Tramontano.

Nomes anteriores: Rua Sem Nome, Conhecida Como Rua Boa Vista

Fonte: Dic.Ruas