R MIN APOLONIO SALLES

Apolônio Jorde de Faria Sales foi engenheiro formado pela Escola Superior de Agricultura de São Bento, Pernambuco, e professor de Economia Rural em 1º lugar. Nomeado auxiliar do Serviço Est. do Algodão e professor da Agricultura Especial na Escola Superior de Agricultura de São Bento, ocupou as cadeiras de Agricultura Geral, Hidráulica Agrícola, Topografia, Meteorologia e Direito Rural. Foi auxiliar do Serviço Est. de Mosáico, do Serviço da Cana-de-açúcar e Defesa Agrícola, cf. Ato do Governo de Pernambuco. Foi chefe do Serv. Est. de Cana, da Diretoria da Agricultura de Pernambuco, exercendo cumulativamente com o cargo de professor. Introduziu moderna técnica de irrigação, elaborou e executou na Usina Catende, projeto de sua autoria. Programou, instalou e colocou em funcionamento uma moderna usina de recebimento e distribuição de leite. Exerceu o cargo de assistente do Serviço de Experimentação Agrícola. Com a proteção da Escola Superior Bento pelo Estado, passou a professor da Escola Superior de Agricultura de Pernambuco. Foi nomeado secretário de Agricultura de Pernambuco. No Setor de Produção Animal instalou postos de monta para equinos, asininos, bovinos, ovinos, caprínos e suínos, em 15 municípios da região. Construiu o Parque Estadual de Exposição de Animais em Recife. Criou o Serviço de Agricultura dotando-o do primeiro apiário modelo do Estado. Construiu a Penitenciária Agrícola de Itamaracá, onde a recuperação do detento se apoiava numa fazenda-modelo, que predominava a exploração racional do gado leiteiro e do aviário industrial. Ainda criou o Serviço Estadual de Piscicultura e instalaou em Dois Irmãos o Centro Estadual de Criação de Peixes para provimento dos açudes. Instalou o 1º renário Técnico do Nordeste, para fornecimento de jericos aos interessados. Foi designado pelo Presidente da República como delegado do Brasil no 1º Congresso Internacional de Algodão, em Washington, e nomeado Ministro da Agricultura durante o governo de Getúlio Vargas. No setor animal, construiu e inaugurou os parques de Esp. Animal de Pelotas, Uruguaiana e Bagé. Instalou o Centro Nacional de Apicultura, do Km 47 da Rio-São Paulo, apoiado em uma dezena de apiários satélites, instituindo o Serviço Oficial de Apicultura. Promoveu o cooperativismo na pesca, transformando as colônias de pesca, do litoral carioca e fluminense, em cooperativas e congregando-as na Cooperativa Central de Pesca, com responsabilidade do Entreposto Central de Pesca do Rio de Janeiro. Promoveu o movimento associativo dos criadores de ovelhas para a criação de ovinos de lã, regimentando-as em coopetativas de lã, depois senhoras do mercado. Criou o Núcleo Agro-Industrial de Petrolândia. Instalou a Colônia Nacional de Dourados - Mato Grosso, e as colônias de Ceres - Goiás, Boa Vista - Amazonas, Barra do Corda - Maranhão. Reorganizou o Serviço de Meteorologia. Instalou o aviário modelo, depois Universidade Rural, constituindo o Serviço de Melhoramento Avícola do Ministério da Agricultura. Criou a Colônia Nacional de Osório - Rio Grande do Sul. Desencadeou a campanha para aproveitamento da Cachoeira de Paulo Afonso, para solucionar o problema de energia elétrica no Nordeste. Fez conferências, estudos, artigos e publicações. Durante a guerra, firmou convênio com o Governo Americano para produção de alimentos, resultando daí o Comércio Brasileiro-Americano de Produção de Gêneros Alimentícios, regido pelo Decreto de Lei 5.246/43. Elaborou plano para mecanização da lavoura que não foi avante devido a obstáculos do Ministério da Fazenda. Conseguiu os primeiros transportes aéreos de ovos para incubar, em 3 remessas de alta linhagem, para povoação e melhoramento dos aviários locais. Tendo em vista o aproveitamento de Paulo Afonso, viajou ao Tennessee para inteirar-se da organização da Tennessee Valley Authority. Introduziu a raça New Hampshire no Brasil. Determinou a construção do primeiro matadouro de aves, instalando-o na Cooperativa do Benfica, com previsão de frigoríficos e funcionamento a benifício dos cooperados. Criou a Caixa de Crédito Cooperativo, que tornou-se posteriormente o Banco Nacional de Crédito Cooperativo, com parte integrante da Legislação do Cooperativismo. Formulou e conseguiu a Legislação Nacional para o associativismo. Como Ministro da Agricultura do Governo Getúlio Vargas, participou da Reunião de Ministros da Agricultura dos Países da Região do Prata: Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, por Decreto de Lei 7.002,44. Previu a concessão de favores especiais para a instalação de uma rede de armazéns e silos para grãos alimentícios. Criou o Serviço de Exportação de Trigo, por Decreto de Lei 6.170/44. Para a Campanha da Cachoeira de Paulo Afonso elaborou e foram assinados Decretos de Leis, criando a Chesf, abrindo crédito para a mesma e outorgando-lhe concessão para aproveitamento progressivo da energia hidráulica do Rio São Francisco, trecho entre Juazeiro e Piranhas. Criou a Escola Agronômica do Amazonas, e incorporou ao patrimônio da União a Escola de Agronomia Eliseu Maciel, que passou a integrar a Universidade Rural. Criou a Universidade Rural do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas. Foi eleito senador da República pelo Estado de Pernambuco. Foi membro da Comissão de Finanças do Senado Federal; delegado no Brasil na Conferência Internacional Interamericana de Caracas, Venezuela. Durante um ano liderou a maioria no Senado Federal. Representou o Brasil no Congresso Internacional de Adubos Químicos em Roma. Visitou as regiões fosfateiras da Tunísia, Argélia e Marrocos e escreveu livros a respeito. Era catedrático de Agricultura e Genética Especializada da Faculdade de Agronomia da Universidade Rural de Pernambuco. Foi vice-presidente do Senado Federal e presidente por ausência do titular. Na qualidade de Embaixador Especial do Brasil, presidiu a Delegação do Brasil à posse dos Presidentes do Peru e da Colômbia. Designado representante espescial do Presidente da República para visita oficial a Israel, com observações de ordem técnica e social, expressas em conferências e livros. Foi presidente da Delegação do Brasil ao Congresso Internacional de Açúcar no Havaí, diretor da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro, e presidente da Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco. Criou, organizou e instalou a Eletrificação Rural de Paulo Afonso S/A-ERPASA. Reelegeu-se para a Presidência da Chesf na Assembléia Geral Ordinária dos acionistas da empresa. Foi, em função particular, proprietário da Granja Sagrado Coração, no antigo Estado da Guanabara, destinada à criação de aves, com incubatório e criação de perus. Era especializada na criação das raças Light, Sasses e perus BBB. Foi considerado o "avicultor do ano". Exerceu a Presidência do Banco América do Sul S/A, em quatro mandatos consecutivos, ocupando os cargos de diretor e vice-presidente. Era proprietário da Granja Betânia, com instalações modelares, e um dos primeiros avicultores a utilizar comedouros automáticos com forragem mecânica transportada ao alcance das aves. Foi colaborador dos "Diários Associados" e do "Jornal do Comércio", e de revistas técnicas, e diretor de "O mundo Agrário". Possuia carteira de jornalista-redator da "Folha da Manhã" e mais tarde do "Correio do Povo". Ocupou vários cargos no Sistema Financeiro América do Sul. Fez várias publicações na imprensa diária e em revistas agrícolas: "Adubo Químico sem Irrigação"; "Cana Inteira em Rebólos"; "Competição em Variedades"; "Experiências de Estimulantes de Germinação de Cana"; "Adubação Química"; "O Fosfato de Fernando de Noronha"; "O Hawaii Açucareiro"; "Em Torno da Lei"; "Ensaio sobre o Aspecto Sócio-Econômico da Lavoura Canavieira"; "O Ministério da Agricultura do Governo Getúlio Vargas"; "Viagens aos EUA"; "Cia. Hidro Elétrica do São Francisco"; "A Recuperação de um Vale"; "Problemas do São Francisco"; "Aspectos da Economia Brasileira"; "Aspectos do Problema da Adubação"; "Viagem para África do Norte"; "Analisando e Sugerindo", "Política Agrária do Brasil" e "Israel, Jovem Nação Milenar". O ministro da Agricultura Apolônio Salles recebeu o Título de Cidadão Paulistano. Faleceu com 80 anos em 12 de outubro de 1982.

Começa na Av. João Rodrigues Ruíz e termina na confluência da Avenida Riacho dos Machados com a Rua Lanhoso.

Nomes anteriores: Rua D-2; Rua Antonio Prado de Minas

Fonte: Dic.Ruas