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Mariano José Pereira da Fonseca, Marquês de Maricá, nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 18 de maio de 1773. Somente no século XIX, Ronald de Carvalho informa em sua obra, "Pequena História da Literatura Brasileira", 8ª edição, que por várias razões de ordem moral e política, a literatura brasileira entrou na sua fase verdadeiramente nacional. Uma das ordens favoráveis foi a elevação do Brasil a Reino; a vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro; a abertura dos portos ao comércio universal, antes frequentados unicamente pelos navios da Metrópole; o aparecimento dos primeiros jornais, como "O Patriota", que teve a principal colaboração de Silva Alvarenga e Manuel Ferreira de Araújo Guimarães; a instituição da "Imprensa Régia", posteriormente denominada "Imprensa Nacional" e a proclamação da Independência, com todas as lutas que então se acenderam, e onde se firmou definitivamente o caráter da nova raça, contribuiram para formar o espírito nacional, dando vigor as tímidas vozes de autonomia, que eram abafadas pelos vice-Reis e Governadores Lusitanos. Neste período destacou-se a figura de Mariano José Pereira da Fonseca, marquês de Maricá, foi uma das figuras mais agradáveis da fase pré-romântica. Desde os últimos anos do século XVIII, Maricá começou as suas atividades literárias, quando ainda fazia poemas sendo o último representante da chamada escola mineira, Manuel Inácio da Silva Alvarenga, sob os cuidados do famoso conde de Rezende, pertenceu a Sociedade Literária dissolvida pelas intrigas do célebre frei Raimundo e outros inimigos do autor de "Glaura". Manuel Inácio da Silva Alvarenga, sofreu a prisão e os caprichosos interrogatórios de Antônio Diniz da Cruz e Silva. Posteriormente suas obras "Máximas, Pensamentos e Reflexões", obra publicada entre os anos de 1837 e 1841, foram bem recebidas pelo público, e ainda podem ser lidas. Sobram, no entanto, algumas observações curiosas que deveriam ter estimas no seu tempo, pela originalidade do paradoxo, até então perfeitamente inédito em nossa literatura. O marquês de Maricá foi um espírito observador, meticulosos nas suas análises, e sem dúvidas afirmava: "Quando a imaginação era chamada a intervir, perdia o seu pensamento a clareza necessária, ou, então, ficava impresso de um modo impertinente e ridículo. A arte sutil do paradoxo não podia, necessariamente, lograr um grande desenvolvimento nas mãos de um tal obreiro, mas o certo é que muitas vezes, ele foi louvável, e, algumas, perfeito". Publicou as seguintes obras: Máximas, Pensamentos e Reflexões, Rio de Janeiro, 1837-39-e-41, em um tomo, em 1843; "Novas Reflexões", Rio de Janeiro, 1844, "Novas máximas", Rio de Janeiro, 1846; "Últimas Máximas" Rio de Janeiro, 1849; Coleção completa, Rio de Janeiro, 1850. Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1848.

Começa na Via Anchieta e termina na Rua Budapeste.

Fonte: Dic.Ruas