R MARIA LUISA DO VAL PENTEADO

A professora Maria Luiza do Val Penteado nasceu em Taquaritinga (SP) no dia 05/12/1905, filha de José Augusto Penteado e de d. Maria da Glória Val Penteado. Concluiu os estudos primários na Escola Modelo de São Carlos do Pinhal, cursando em seguida a Escola Normal Caetano de Campos em São Paulo, onde obteve distinção em todos os anos. Após sua formatura, exerceu o magistério até 1928 e após brilhante concurso, ingressou no Instituto de Higiene de São Paulo para fazer o curso de Educadora Sanitária, diplomando-se em 1929. Exerceu até 1931 o cargo de Educadora Sanitária dos Centros de Saúde da Capital, ficando adida Diretoria do Serviço Sanitário, quando estes foram extintos. Trabalhou no Serviço de Higiene Escolar de 1931 a 1932, tendo nessa ocasião tomado parte na organização da Escola de Saúde do Centro de Saúde do Bom Retiro - Primeira Escola de Retardados em São Paulo. Em seguida foi transferida para o Parque Dom Pedro II, onde teve ocasião de se dedicar ao, estudo e aplicação da antropometria pedagógica, ginástica e alimentação para débeis escolares e pré-escolares. Nessa época fez o Curso de Escola Nova do Instituto de Educação mantido pelo Professor Lourenço Filho. Em 1933, a pedido, foi transferida para o Serviço de Tuberculose, onde trabalhou até 1938, ocasião em que foram restabelecidos os Centros de Saúde da Capital, sendo nomeada Educadora chefe para um deles. Interessando-se sempre pelos problemas de proteção infância, estudou vários aspectos da questão apresentando trabalhos sobre o assunto. Sobre tuberculose nas crianças, escreveu um trabalho que foi publicado na Revista "Viver", sob o título “Sanatórios para crianças em Campos do Jordão”. Na mesma revista foram publicados ainda outros trabalhos: "A Mulher e a Educação Sanitária", e "Proteção à Criança nos Estados Unidos". No serviço de Centros de Saúde, apresentou sugestões escritas para organização do serviço domiciliar que foram adotadas nos 10 centros então em funcionamento. Interessada especialmente no problema da educação alimentar, em 1945 voltou à Faculdade de Higiene e Saúde Pública para aperfeiçoar-se neste assunto, fazendo o curso de nutricionista. Porém, antes mesmo de terminar o referido curso, foi chamada para exercer o cargo de Educadora Sanitária Inspetora do Serviço de Centros de Saúde da Capital. No desempenho de tais funções procurou dar o máximo impulso ao desenvolvimento do trabalho, padronizando-o por técnicas mais modernas e de mais largas perspectivas. Transformou os lactários em escolas populares de alimentação e manteve, em caráter sistemático, diversos cursos populares, para os quais sugeriu e orientou a confecção de cartilhas. Em 1946 realizou, com a colaboração das alunas do Instituto Profissional Feminino, um inquérito alimentar entre 589 famílias da Capital que serviu de base a uma tese apresentada à Primeira Jornada Brasileira de Bromatologia. Em 1948, em colaboração com duas colegas, apresentou uma tese sobre Educação Sanitária no 7º Congresso Brasileiro de Higiene. Em 1950 fundou, com a colaboração de uma colega uma escola para o funcionamento do Curso de Preparação para o Casamento cuja base era a educação sanitária. No mesmo ano, colaborou num dos jornais desta Capital e, numa coluna semanal, publicou mais de cem artigos sobre higiene alimentar. Orientou durante certo tampo as educadoras da Seção de Doenças Venéreas do Serviço de Centros de Saúde da Capital. Frequentou diversos cursos, obtendo certificado do Curso Especializado de Venereologia. Interessada pelo problema da Lepra em nosso Estado, procurou a Diretoria do Departamento de Profilaxia da Lepra para pedir seu aproveitamento naquele serviço. Não foi aceita, pois aquele Departamento entedia que a profilaxia da lepra não comportava a educação sanitária. Passou-se o tempo e em 1954, compreendeu o DPL a necessidade do elemento "Educadora Sanitária" na luta contra a moléstia, começou a arregimentar as técnicas quê se dispusessem ao trabalho, e Maria Luiza do Vai Penteado foi das primeiras a se apresentar. Assumiu o serviço e passou à Chefia das Educadoras Sanitárias do DPL, cargo em que se manteve ate o fim de sua vida desenvolvendo um trabalho exemplar. Faleceu no dia 10/09/1958 e foi sepultada no cemitério da Consolação.

Começa na Rua Maestro João Balan e termina na Avenida Ministro José Américo de Almeida.

Nomes anteriores: Avenida 81

Fonte: Dic.Ruas