R JULIAO FAGUNDES, 492
CEP 02366-216
Bairro Jardim Vila Rica
Julião Fagundes, nasceu em 25 de dezembro de 1878, em Juquery - São Paulo. Seu curso ginasial e normal foi feito em São Paulo, na antiga escola normal de São Paulo. Exerce o magistério por curto período, até 1895 em Mairiporã - São Paulo, quando resolve ingressar na carreira militar, engajando-se na divisão de infantaria do exército. Iniciou como alferes, tendo como atribuições o levantamento de áreas e táticas de campo. Sua divisão era sediada em São Paulo, foi convocada por solicitação do General Oswaldo Nascimento, para combater os revoltosos de Canudos na Bahia. Em 1896, a divisão de Julião se encontrava em solo baiano, quando ocorre a conclusão final da guerra dos Canudos, onde o exército massacrou os revoltosos. Com seus companheiros paulistas retornau vitorioso, tendo contribuído para o sucesso da batalha. Em 1900, desiludido com a carreira militar, resolve seguir a carreira de topógrafo, uma vez que os ensinamentos ministrados no exército permitiram-lhe plenamente o exercício desta nova função. Mesmo com seu desligamento da corporação, tem o reconhecimento de sua lealdade e bravura exercidas em benefício da Pátria, através do Presidente Campos Salles que lhe outorga a Carta Patente de Capitão do 226º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, em 1901. Inicia então, com determinação e notoridade seus serviços topográficos, em pouco tempo, seus méritos são reconhecidos. É convidado para, juntamente com uma comissão de engenheiros e arquitetos, tomar parte na direção e execução do plano de distribuição de água da Cidade de Mairiporã, onde dirigiu com sucesso sua implantação, entre 1902 e meados de 1905. Após executar as obras de implantação e distribuição de água, é convidado a executar os estudos de implantação de iluminação pública, postes e redes. Posteriormente prestou serviços a Companhia Bragantina de Telefones. Transfere-se para São Paulo, onde a Companhia paulista de água realiza estudos para a implantação de uma estação de água, que teria ligação de Mairiporã a Pedra Branca - extremo norte de São Paulo, projeto que incluiu com o bombeamento de água para a Capital. Estes estudos necessitaram de um levantamento minuncioso de toda a Serra da Cantareira, incluíndo a demarcação de novo traçado para a estrada de Santa Inês e a reavivação dos marcos divisórios dos dois Municípios, seus levantamentos obtiveram grande êxito, de tal forma que foram utilizados posteriormente pela companhia SABESP, na estação elevatória de Santa Inês. No de 1915, ingressou na Prefeitura do Município de São Paulo, como nivelador na 4ª seção de obras e aviação. Juntamente com Domicio Pacheco e Silva, realizou diversos planos e projetos aeroviários, dentre eles o Campo de Marte. Paralelamente prossegue com seus serviços de topografia em várias áreas da Capital e do interior, serviços que se aprimoraram tanto no técnico como no teórico. Ingressou na Escola Politécnica de São Paulo, onde feza penas dois anos de curso. Em 1932, ocorre a Revolução Constitucionalista, quando o exército constitucionalista de São Paulo convoca todos os cidadãos. Para a Prefeitura coube a tarefa de realizar estudos, alargamento e nivelamento do Campo de Marte. Julião Fagundes é designado então para esta tarefa, conjuntamente com o exército constitucionalista, simultaneamente Julião é incumbido do serviço de conservação das estradas de rodagem do Município, para a locomoção das tropas por todo Estado. Mais tarde, sob a direção dos engenheiros Artur Sabóia, José Amadei e João Roberto Thut, Julião vai organizar a convocação de todos os operários aptos a integrar os batalhões de Sapadores, que se organizavam em todos os setores da Capital, e seguiam para a frente Norte do Estado. Esta missão lhe valeu as honras de Capitão do Exército Constitucionalista de 1932, que lhe foram conferidas pelo Major Domicio Pacheco Silva. Apesar de não possuír o título, foi neste posto que ele se destacou por sua competência e brilhantismo. Em reconhecimento aos seus méritos e serviços prestados a comunidade, em 1934 Julião recebe o título de Agrimensor Licenciado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. Em 1935, foi designado para a Divisão de Vilas Públicas, onde exerce a função de chefe do setor norte das estradas de rodagem, foi incumbido do planejamento e desenvolvimento de obras viárias. Dentre as principais obras que estiveram ao seu encargo estão a pavimentação e abertura das ruas internas ao Horto Florestal, alargamento da rua Voluntários da Pátria e da avenida Nova Cantareira, e a reformulação de traçados viários que se tornavam obsoletos, frente a crescente modernização que se iniciava em toda a região norte. Foi neste cargo que Julião aposentou-se após trinta e cinco anos ininterruptos de serviços prestados a Municipalidade. Membro emérito da Sociedade Amigos do Bairro de Jardim São Paulo, onde permaneceu até 03 de agosto de 1964, quando veio a falecer.
Começa na Avenida Coronel Sezefredo Fagundes, altura do nº 7001 e termina no logradouro conhecido por Estrada Santa Maria. Setor: 223 - Quadra: 999; Setor: 222 - Quadras: 993 e 994; Setor: 221 - Quadra: 997.
Nomes anteriores: Rua Sem Nome
Fonte: Dic.Ruas