R JOAQUIM NUNES TEIXEIRA

Joaquim Nunes Teixeira nasceu em 14 de junho de 1884, em Casais, Distrito do Porto e faleceu em 27 de junho de 1971, em São Paulo. No ano de 1910, embarcou no Porto e desembarcou no Rio de Janeiro. Veio trabalhar com os irmãos que ali já estavam que eram João e Antonio. Tinham uma chácara em Jacarepaguá mas esta não ia muito bem. Joaquim veio para São Paulo em 1922, momento que começava sua grande expansão cafeeira e evolução sem precedente. Desembarcou no Porto de Santos e rumou para a Capital Paulista, mais precisamente para o bairro do Ibirapuera, local de grandes chácaras e sítios de hortaliças, pois era uma área de várzea. Em 1924, casou-se com Rosa Dias Neves, também portuguesa da cidade de Oliveira de Azemeis. Joaquim teve sete filhos sendo, a mais nova e única viva, Maria Nunes Teixeira, que depois de casada com José Augusto Figueira virou Maria Nunes Figueira. Outros filhos já falecidos eram Guilhermina, Agostinho, Elvira, Silvina, Cecília e João, todos eles com história de luta na Vila das Belezas. Com a revolução de 1924, os sitiantes apavorados começaram a fugir e abandonar as terras e entre eles estava Joaquim que, a conselho de seu compadre, veio para a Vila das Belezas. Na Vila das Belezas montou sua chácara com cerca de dez empregados. Sua lavoura fornecia a produção a diversos mercados da região e central. Em 1932, com a Revolução Constitucionalista, teve grande prejuízo em seus negócios por falta de comprador e suas terras e bens foram a leilão devido as dívidas. Depois de alguns anos se recuperou e teve suas terras de volta através da ajuda de um patrício advogado. Quando a parte baixa da Vila das Belezas foi loteada pela imobiliária Alfa Joaquim conseguiu junto a eles que doassem um lote para a igreja da Vila das Belezas. Um lote de 500m2, onde se ergueu a primeira igreja católica do bairro, em 1950. Com a promessa que se isso acontecesse, ele iria a Portugal e traria uma santa para o bairro que seria N.S. de Fátima. O terreno foi doado e Joaquim trouxe a Santa que está até hoje na Igreja. Toda a intermediação para a construção da igreja foi feita por Joaquim, inclusive a hospedagem dos missionários e padres que foi feita na casa dele onde era feita as reuniões para a instalação dessa igreja que ficou pronta em 1952. Ele também que doou a Santa N.S. Aparecida para a gruta que havia ao lado da igreja antiga, que foi construída pouco antes dessa igreja. Também foi ele que doou o dinheiro equivalente a compra de um terreno de 1.000 m2 em frente à igreja antiga para a construção da igreja nova. Essa ajuda foi como se tivesse comprado o terreno, por volta de 1960, na antiga Rua um, atual Rua Rafael de Proença, que liga a Estrada de Itapecerica a Av. Carlos Caldeira Filho, que margeia o córrego do morro do ‘S”, num comprimento de 5000m aproximadamente. Com o crescimento do bairro e para escoamento melhor de suas mercadorias, havia necessidade de abrir uma rua naquele setor pois, até os anos de 1940, eram caminhos tortuosos. Joaquim doou parte de seus terrenos para abrir a rua até a Rua das Belezas, paralelas a Estrada de Itapecerica.

Pesquisa realizada por Estanislau Rybczynski do projeto “Povo sem memória é povo sem história.”

Fonte: Entrevista com a filha Mariazinha.

Começa na Av. das Belezas e termina no córrego sem nome. Fica entre a linha de transmissão da Light e a Rua Adalberto de Matos. Setor: 122 - Qdas: 004/140/141/160.

Nomes anteriores: Rua Conhecida Pelo Mesmo Nome

Fonte: Dic.Ruas