R JOAQUIM DOUGLAS

Joaquim Douglas, natural de Vinhedo - SP, formou-se em Direito, mas atraído pelo jornalismo ingressou no "O Estado" em 1955 na função de repórte. Exerceu pouco tempo, pois naquela época o jornalismo enfrentava seu grande desafio deixando de ser um empreendimento quase artesanal para se transformar numa complexa indústria que precisava absorver uma tecnologia dinâmica. O Jornal aproveitou então os conhecimentos de Douglas na área trabalhista, e ele passou a se dedicar à coodernação entre a redação e as oficinas. Sob seu comando foram estabelecidos os horários de fechamento para as diversas seções, antecipando-se de várias horas a entrada do Jornal nas rotativas com que "O Estado" pode ampliar sua distribuição, alcançando não apenas todo o interior de São Paulo como também todos os outros Estados, o que levou o jornal a tornar-se realmente um órgão de Circulação Nacional. Ainda no final da década de 50, Douglas foi aos grandes jornais norte-americanos, aprofundar-se no estudo do "New York Times" e do "Miami Herald". Ao regressar trouxe os primeiros diagramas que permitiam que o jornal fosse desenhado na própria redação. Dirigiu a equipe de diagramadores, que estabeleceu toda as medidas e a tipologia do jornal, montando os gráficos e padrões que indicavam que família de tipos deveriam ser usadas em caso de quantas linhas e colunas deveriam ter cada título. Não satisfeito publicou vários folhetos de uso interno nos quais definia sua filosofia de diagramação explicando que a finalidade da diagramação e a apresentação de um jornal fácil de ler, em harmonia pela sua linha gráfica que a diagramação de "O Estado" e de equilibrio informal acentuadamente vertical com leves toques horizontais, e que em todas as páginas deve ser criado "Um foco princiapal com utilização de títulos". A procura desses folhetos foi tão grande que Douglas acabou escrevendo um livro, "Jornalismo". A técnica do título, no qual analisa com centenas de exemplos, não apenas as várias famílias de tipos gráficos como também como a objetividade, o impacto, o duplo sentido e o efeito dos títulos, mostrando, inclusive com certo espírito, os bons e maus resultados conseguidos pelos títulos de grande número de jornais de todo o Brasil que colecionou anos a fio. O livro foi adotado nas escolas de jornalismo e esgotou-se rapidamente. Além de reorganizar os métodos de trabalho na linotipia, estereotipia e na impressão do jornal, Douglas participou diretamente dos estudos das necessidades técnicas, dos jornais e dos aperfeiçoamentos no setor de artes gráficas, cuidando do planejamento e instalação dos equipamentos gráficos do novo prédio do jornal na Marginal do Tietê. Cumprindo rápida e brilhante carreira de repórter Joaquim Douglas passou a chefe de Diagramação, a assistente da Diretoria e a diretor do Jornal, posto a que foi eleito em 1970, mas não deixou de ser repórter. Assim ao mesmo tempo em que reorganizou o suplemento de turismo de "O Estado" dando-lhe sua feição atual e mesmo as diretrizes de redação que foram detalhadas em sua segunda obra "Técnica de Reportagens de Turismo". Joaquim Douglas escondia-se com frequência sob o pseudônimo de Andrade Queiroz, para escrever reportagens sobre turismo. Faleceu em 1983, aos 59 anos de idade.

Logradouro oficializado através do Decreto nº 21.126, de 24 de julho de 1985.
Nome anterior do logradouro: conhecido por Rua Ribeiro Junqueira e por Rua das Rosas.

Começa na Rua Almerindo Alziro Paganini, entre as Ruas Conhecidas por João Landim e Guapimirim, e termina na Rua Conhecida por Amor-Perfeito. Setor: 110 - Qdas.: 364,365,370 e 371.

Nomes anteriores: Logradouro Conhec. Por R. Ribeiro Junqueira e Por R. das Rosas

Fonte: Dic.Ruas