R JAIME COSTA

Jaime Costa nasceu em 27 de dezembro de 1887 no subúrbio do Meier, Rio de Janeiro. Apareceu no palco pela primeira vez em 1920 fazendo figuração. Logo depois aconteceu a mesma coisa, foi a cena sem abrir a boca, num papel do tradicional drama de Garrido, "O Mártir do Cavário". Lançou-se, por fim, como cantor de operetas. Segundos os críticos daquele tempo, por ser muito semelhante a um dos ídolos do cinema: Raoul Walsh, "Trazia nos braços uma dama desmaida. Salvata do cavalo, sempre com a mulher nos braços e cantava uma romanza". Isso deve ter acontecido lá por 1921, mas, em 22, Jaime Costa foi convidado para ingressar no teatro de declamação, como se dizia na época, convidado por Oduvaldo Viana, para representar no Trianon do Rio, na Companhia Abigail Maia, um papel em "Um Amigo da Paz". Mas também aí nada deu certo. Foi assim que Jaime Costa só estreou de verdade no teatro. Convidado por Leopoldo Froes, fez algumas operetas, até que, unindo-se a Oduvaldo Viana, começou a interpretar comédias, gênero que jamais abandonaria. Quando a empresa de dissolveu unuiu-se a Belmira Almeida e Atila de Moraes, tendo-se apresentado mais tarde no Teatro Apolo de São Paulo. Mas isso foi logo em 1924, quando a revolução estava no auge. Como a maioria da população, Jaime Costa e sua companhia também decidiram sair da cidade e excursionar pelo interior. A partir daí, resolveu fazer um teatro de repertório para lançar grandes autores do teatro mundial. Foi assim o primeiro a apresentar no Brasil "Anna Christie", de O 'Neill e "Cosi é se vipare", de Pirandelo. O dramaturgo italiano viu, em 1927, a encenação e fez questão de cumprimentar o diretor-ator pelo espetáculo. Passaram-se os anos, o Teatro Brasileiro evoluiu, ou pelo menos mudou de estilo, mas continuou a trabalhar para aquilo que era sua única preocupação. Encenou, nos anos 50, "A morte de um caixeiro viajante", de Arthur Miller, que se constitui um êxito, tanto no Rio como em São Paulo e obteve o seu maior sucesso nos últimos tempos em "Minha querida Lady", onde era uma figura das mais importantes do espetáculo. Faleceu no Rio de Janeiro em 30 de janeiro de 1967.

Começa na Rua Antonio de Andrade Rebello e Termina na Divisa de Loteamento. Fica entre a Rua Antonio de Andrade Rebello. Jardim Morumbi.

Nomes anteriores: Rua "42".

Fonte: Dic.Ruas