R HOMERO BATISTA

Homero Batista nasceu no dia 30 de janeiro de 1860 na cidade de São Borja, então Província do Rio Grande do Sul. Formado na Faculdade de Direito do Recife, em março de 1884, estabeleceu escritório de advocacia em sua terra natal. Entregou-se desde logo à propaganda intensa do abolicionismo e da república federativa, tomando parte nos congressos republicanos de Santa Maria, em 1887 e 1888 e na Conspiração da Reserva, em 1889, em que os republicanos riograndenses, mediante compromisso de sangue, resolveram empreender movimento decisivo para impedir o advento do terceiro reinado. Proclamada a República, foi chamado para a alta administração do Estado, exercendo, no governo do general Júlio Frota, a superintendência da fazenda. Confiou-lhe o Estado, no Congresso Constituinte da República, um lugar na representação. No desempenho do mandato, foi eleito para as comissões de instrução pública, de fazenda, de revisão do código penal e, por fim, do orçamento. Em 1893, ao ser discutido o projeto de estado de sítio para o Rio Grande do Sul, foi incumbido por Júlio de Castilhos, para juntamente com Cassiano do Nascimento, defender a causa republicana riograndense, contra o autor do projeto, Demétrio Ribeiro e seus sustentadores, os ilustres parlamentares Epitácio Pessoa e Luiz Murat, além de outros. Fez parte da Divisão do Norte, sob o comando do general Francisco Rodrigues de Lima, cujo lado serviu no início da Revolução Federalista, como ajudante general do exército. Ao terminar essa revolução, dissentindo de Júlio de Castilhos, que era o chefe do partido, esteve deste afastado por muitos anos, até que, estabelecida sincera e real aproximação entre ele, Borges de Medeiros e Pinheiro Machado, voltou à atividade partidária, sendo eleito, em 1906, deputado ao Congresso Federal e reeleito nos dois períodos seguintes. Em 1914, no governo de Wenceslau Braz, foi convidado para presidir o Banco do Brasil, o que exerceu até 3 de janeiro de 1919. Convidado para gerir a pasta da fazenda no governo Epitácio Pessoa, Homero Batista tomou posse a 28 de julho de 1919, demonstrando a mesma visão larga, o mesmo tino administrativo que revelara na direção do Banco do Brasil. Diretor da Sul América e presidente do comitê de finanças desta companhia, exerceu também o de catedrático de direito administrativo da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Era membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente do de São Paulo e membro da diretoria da Liga de Defesa Nacional, além de fazer parte de muitas outras associações de importância. Além dos trabalhos parlamentares, teve outros publicados entre os quais: "A Tirania Legal", panfleto, "Os precursores", conferência, ambos de propaganda política; "A Organização dos Estados"; "A revolução e o estado de sítio no Rio Grande do Sul", discursos pronunciados na Câmara dos Deputados; monografia histórica sobre Manuel dos Santos Loureiro; "A evolução tarifária" e "Instituições Fundamentais da Marinha". Em 1917, tomou parte no curso de conferências da Biblioteca Pública da Capital Federal, realizando uma conferência que versou sobre "A uniformidade do padrão monetário". Atuou, por diversas vezes na imprensa, redigindo nesta Capital, o jornal acadêmico "A República", com Assis Brasil, Pedro Lessa e outros; o "Jornal da Tarde", folha diária; o "Município" e "O Movimento", em São Borja, jornais de propaganda republicana; "A República", em Porto Alegre, diário vespertino de que foi fundador e diretor. Faleceu no Rio de Janeiro, em 14 de outubro de 1924.

Texto adaptado que teve a contribuição do pesquisador Alexandre Daniotti Sobrinho que utilizou como Fonte o necrológio de Homero Batista publicado no "Correio Paulistano".

Nome oficializado pelo Decreto nº 5.435, de 10 de agosto de 1962.

Começa na Avenida Prof. Carini e Termina na Rua Inhapim. Fica entre a Rua Antônio Baena e divisa de terrenos. B. Vila Formosa.

Nomes anteriores: Rua "90" e "91".

Fonte: Dic.Ruas