R HENRIQUE MINDLIN

O arquiteto Henrique Mindlin nasceu em São Paulo em 1911. Formou-se em Arquitetura no Mackenzie no ano de 1932. Foi um condensador e fermentador de idéias novas. Introdutor de Calder no Brasil. Foi quem promoveu sua primeira exposição no Brasil, o primeiro a explicar o princípio dos "mobiles", assim como o da cerâmica e do desenho industrial escandinavo e do neoplasticismo de Mondrian. Foi um dos primeiros a entender o significado dos múltiplos e o do computador aplicado à Arquitetura. Mais do que um dos maiores nomes da arquitetura contemporânea, foi uma pessoa sempre disposta a aprender tudo de novo. Apesar do seu grande saber, parecia um estudante universitário, sempre em busca das teorias, das idéias novas e das realizações inovadoras. Foi assim também como presidente do Instituto dos Arquitetos - departamento da Guanabara, professor da Faculdade Nacional de Arquitetura, diretor e conselheiro do Museu de Arte Moderna e participante de simpósios internacionais. Deixou uma grande contribuição à arquitetura e aos arquitetos brasileiros. Nesse particular, seu livro "A Arquitetura Moderna no Brasil", publicado pela primeira vez em Amsterdã, em 1956, em Inglês, assumiu o significado de uma revisão crítica e de uma panorâmica ampla da contribuição cultural da arquitetura brasileira. Ampliou seus conhecimentos através de numerosas viagens à Europa, aos Estados Unidos, e a vários países da América Latina. Em 1955 associou-se ao arquiteto Giancarlo Palanti, e em 1964 criou a Henrique E. Mindlin & Arquitetos Associados, firma que ainda dirigia quando morreu. Tinha escritórios na Guanabara e em São Paulo, e possuiu inúmeros títulos acadêmicos e honoríficos, entre os quais os de Membro Honorário do Royal Institute of British Architects, do American Institute of Architects, da National Society of Interior Designers, dos Estados Unidos, Membro titular da Academia Brasileira de Artes, Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outros. Pretendia escrever um novo livro sobre arquitetura brasileira, englobando todos os seus aspectos, de Pedro Alvares Cabral até os tempos modernos. Achava que seu livro anterior, "Modern Architecture in Brazil", já estava superado. No entanto é a única obra sobre arquitetura brasileira traduzida para várias línguas e em circulação em muitos países. Coube a ele situar nossa arquitetura entre as outras mais modernas do mundo inteiro, como a da Alemanha, Finlândia e Estados Unidos, relacionando-a com Le Corbusier, a exploração da Bauhaus, Gropiuns, Lloyd-Wright. Realizou obras como o edifício Três Leãos, depois a sede da Congregação Israelita Paulista, e edifícios para as indústrias Metal Leve e Bimetal. Foi o projetista da sinagoga para a Assistência Religiosa Israelita do Rio de Janeiro, a Casa dos Velhos de São Paulo, o conjunto residencial Cidade Copacabana, os edifícios Avenida Central, 54 andares, e do Banco do Estado da Guanabara e os do City Bank em São Paulo e Brasília. Os hotéis Sheraton e Intercontinental confirmaram sua tese de cátedra universitária, dando racionalidade à avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro. Na I Bienal de São Paulo, em 1951, obteve o primeiro prêmio com Habitação Individual, o projeto de residência de George Hime. Em Veneza os artistas brasileiros vão-se abrigar na arquitetura que Mindlin concebeu para o Pavilhão do Brasil, assim como se orientaram nas conferências, cursos, aulas e julgamentos feitos por Mindlin no Brasil e em países estrangeiros, sobretudo a Inglaterra e os Estados Unidos. Faleceu na Guanabara em 8 de julho de 1971.

Começa na Rua Alexandre Martins Rodrigues e Termina na divisa de loteamento. Fica entre a Rua Armando Esteves Sevilha e Avenida Projetada ao longo do córrego Jabaquara. B. Jardim Oriental.

Nomes anteriores: Rua "44".

Fonte: Dic.Ruas