R GUARAPUAVA

Os antigos Campos do Guarapuava estendiam-se desde o rio Itaú até as cabeceiras do Uruguai. Foram descobertos pelo paulista Candido Xavier de Almeida e Souza, por alvará de 01 de abril de 1809, foi criada no local uma aldeia de índios e um presídio. Em 17 de junho de 1810, foi enviada uma expedição aos Campos de Guarapuava, da qual fazia parte o Padre Chagas. O comandante da expedição mandou construir uma atalaia - torre de vigia, de 40 palmos de altura, para que da torre, uma sentinela pudesse ver a aproximação de indígenas, que eles chamavam de selvagens. Por este motivo o lugar ficou conhecido por Campo da Atalaia. Era chamado rio Itaú no tempo das manobras jesuíticas, posteriormente passou a ser chamado rio Ivaí. As cabeceiras do Uruguai estão perto do mar, em Santa Catarina. Os Campos de Guarapuava ficam entre os vales do Piquerí e do Iguassú na serra da Esperaça, no vale do rio Cavernoso, afluente do Iguassú. O sargento Candido Xavier, depois tenente-general, esteve de passagem pelos Campos em 1770. O povoamento só ocorreu em 1810, com a expedição de Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Por alvará de 12 de novembro de 1818, foi criada a freguesia de Guarapuava, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém. Mais tarde criada a povoação com este nome, atualmente cidade de Guarapuava, uma das mais florescentes do Paraná.

O termo "Guarapuava" de origem tupi, mais precisamente da língua geral meridional, vem de "agûará + pu + aba" que significa "barulho dos lobos guarás" ou "lugar de barulho dos lobos guarás".

NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil : vocabulário português-tupi e dicionário tupi-português, tupinismos no português do Brasil, etimologias de topônimos e antropônimos de origem tupi. [S.l: s.n.], 2015.

Começa na Rua Ipanema e termina na Avenida Alcântara Machado.

Fonte: Dic.Ruas