R GIACOMO CRESPI

Nasceu na Itália. Veio para o Brasil em 1959 a pedido de J. Kubitschek e fabricou mais de 2.500 sinos, 40 deles por ocasião da visita do Papa João Paulo II. Há mais de 500 anos, numa pequena cidade montanhosa da Itália, chamada Crema, a família Crespi começou a fabricar sinos. Giacomo Crespi de 83 anos, era o último descendente masculino, não teve descendentes masculinos, foi auxiliado por José Donizete da Costa, um mineiro que aprendeu a falar italiano com seu velho mestre. Seu neto Roberto Marenco que continuou a obra do avô. A fundição de sinos era feita da mesma forma artesanal dos séculos passados. Durante vinte anos não saiu à rua, pois tinha vergonha de seu corpo encolhido e torto. Participou das Guerras Mundiais fabricando aviões de guerra, quando a sua fundição foi sequestrada e os sinos derretidos para servir aos alemães. Prisioneiro na Iugoslávia, impediu que muitos amigos fossem fuzilados. A Fundação Crespi produziu sinos de significativa importância como o Carrilhão da Igreja Coração Sagrado de Jesus dos Capuchinhos, Fortaleza - Ceará, com 12 sinos em homenagem a JK.; o Carrilhão da Independência, 13 sinos, instalados no Templo Nacional de Nossa Senhora de Lourdes, em Gramado Rio Grande do Sul, que toca o Hino Nacional, tombado pelo Patrimônio Histórico; Sino da Liberdade, instalado na Par. Nossa Senhora Aparecida, no Ipiranga; Carrilhão, 3 sinos, instalados na Par. São Luís Gonzaga, em Pirituba, além de pedidos para Uruguai, Paraguai e Chile. Transmitiu ao neto a arte que a família herdou no século XV. Faleceu no dia 26 de julho de 1980.

Começa na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, entre as Ruas 7 e 9, e termina na Rua 14. Setor: 106 - Qdas: 009/008/003.

Nomes anteriores: Rua 8, Conhecida Por Miguel Martinho

Fonte: Dic.Ruas