R FREI ORLANDO

O franciscano Frei Orlando, Antonio Álvares da Silva, nasceu no dia 13/02/1913, no distrito de Junco, Município de Nova Morada de Minas (MG). Depois dos estudos realizados no Colégio Seráfico de Divinópolis, em 1931, o jovem Antonio, com 18 anos de idade, seguiu para a Holanda, onde ingressou na Ordem Franciscana de Hoogkrutz, e ali permanecendo até 1935, quando regressou ao Brasil. Foi ordenado sacerdote a 24/10/1937, na cidade de Divinópolis. Logo depois transferiu-se para São João Del Rei, passando a lecionar no Colégio Santo Antonio. Em 1944 o coronel Delmiro Pereira de Andrade que na época comandava o 11º Regimento de Infantaria de São João Del Rei, convidou Frei Orlando para integrar-se ao regimento que seria uma das unidades da FEB na Itália durante a II Guerra Mundial. O sacerdote aceitou o convite e apresentou-se como voluntário com a devida autorização de seus superiores. Assim, em 20 de junho de 1944, quando o regimento já se encontrava no Rio de Janeiro, Frei Orlando a ele se incorporou como capelão primeiro tenente. Na Itália, foi designado para prestar serviços religiosos às companhias regimentais e ao II Batalhão do Regimento comandado pelo major Orlando Ramagem. Na frente de combate, Frei Orlando participou de sangrentas ações como os dois primeiros e malogrados assaltos à poderosa posição alemã de Monte Castelo, nos meses de novembro e dezembro de 1944. Frei Orlando morreu durante o terceiro assalto, no dia 20/02/1945, na véspera da vitória brasileira em Monte Castelo, vítima de um disparo acidental quando se encaminhava para juntar-se às forças em ação. Caminhava a pé com destino a Docce quando, perto de Bombiana, por ele passou um jipe dirigido pelo cabo Gilberto Torres e no qual viajavam o capitão Francisco Ruas Santos, um praça do II Batalhão e um sargento italiano à disposição dos brasileiros. No jipe embarcou Frei Orlando. O veículo trafegava lentamente até que de repente parou, preso seu eixo dianteiro em uma pedra. Enquanto Frei Orlando se postava a pequena distância da viatura, os ocupantes procuravam remover a pedra. O italiano, nesse esforço, utilizou sua carabina como alavanca e, infelizmente, a arma acabou disparando indo o projétil atingir Frei Orlando. Não obstante os esforços, Frei Orlando faleceu em seguida. Frei Orlando foi sepultado no cemitério militar de Pistoia em 21 de fevereiro de 1945. Em 1960, foram exumados os restos de todos os brasileiros enterrados em Pistoia e, dentre eles, Frei Orlando. Transportados para o Brasil, foram inumados no Panteão da Pátria, no Rio de Janeiro. Em 1946, Frei Orlando foi erigido Patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército Brasileiro. A biografia do patrono do SAR intitulada “Frei Orlando, o capelão que não voltou” foi escrita pelo tenente Gentil Palhares e publicada pela primeira vez em 1969 pelas Editoras Associadas e pela segunda vez em 1982 pela Biblioteca do Exército.

Projeto de Lei nº 197 de 1950, vereador Antonio de Toledo Piza.

Fonte: jornal O Estado de São Paulo do dia 05/07/1984

Começa na Rua Picinguaba, entre a Rua Paulínia e a Rua Benedito, e termina na Rua Xiririca. Setor: 55 - Qdas.: 107, 132, 147, 312.

Nomes anteriores: Rua Conhecida Pelo Mesmo Nome, Também Por Rua Projetada e Rua 2

Fonte: Dic.Ruas