R FREDERICO GRASSMANN

Este logradouro recebeu, incialmente a designação de "Rua 44" e foi oficializada como "Rua Frederico Grassmann" através do Decreto nº 14.958 de 03/03/1978.

Frederico Grassmann: a história dos grandes homens está sempre relacionada com seus feitos, estes idealizados pela base da estrutura familiar. De origem germânica, o menino Frederico Grassmann nasceu em Santo Amaro no dia 09/11/1897, filho do Sr. Henrique Grassmann e D. Louise Grassmann. A família unida preservou o preceito da honradez e a dignidade do trabalho e, dando continuidade ao nome Grassmann, o casal Henrique e Louise tiveram outros filhos: Henrique, Luiz (Lut), Carlota Olga e Margarida. O marco da imigração alemã do início do século XIX foi Santo Amaro que, até 1935, não fazia parte do município de São Paulo. A família Grassmann fixou-se inicialmente na Rua Belchior de Pontes, onde o Sr. Frederico constituíra sua família com Vitalina Roscher, com a qual teve os filhos Walter, Vilma, Nair e Edite. A partir de 1931, resolveram fixar residência num local aprazível, após o Rio Pinheiros, naquela época ainda pouco explorado e rodeado pela mata atlântica, quase virgem e exuberante, que continha a vazante das cheias juntamente com o Rio Pinheiros, ainda tortuoso. Tudo era convidativo naquele local, um verdadeiro mirante a perder-se no horizonte com toda vista da cidade (daí o nome de Jardim Mirante). Neste local, entre as atuais Ruas Vitalina Grassmann e Tomás de Souza, o Sr. Frederico idealizou um novo lar, nas imediações de uma nascente águas cristalinas, esta conhecida como "mina" pelo povo da região. O riacho era ladeado por acácias e por árvores frutíferas a formar, com suas copas, sombras nas águas. Era um verdadeiro bosque o atual bairro Monte Azul, um oásis em forma de "V", pequeno vale, todo gramado e, no seu fundo, corria o pequeno rio. Ali a família Grassmann também criava animais para consumo próprio como patos, galinhas marrecos, vacas, etc. A comida era farta e saborosa, pois inspirada na culinária alemã e preparada em fogão a lenha, o que dava um sabor peculiar ao alimento graças, também, às mãos de D. Vitalina. Além de ajudarem nos afazares da casa, os filhos de Frederico e Vitalina também se dedicavam aos estudos e frequentaram o Colégio Deustch Schule de Santo Amaro, mais tarde denominado Humboldt. Aliás, este colégio estava localizado em terreno cedido pelo Sr. Henrique Grassmann, pai de Frederico, que ficava no fim da Rua da Matriz. Atualmente, o Colégio Humboldt encontra-se instalado no bairro do Rio Bonito. Seguindo uma das tradições alemãs, nas proximidades da Chácara Panamby, hoje Parque Burle Marx, Frederico Grassmann, em conjunto com seu irmão Henrique e o cunhado Bruno Hochhein, idealizaram a Fábrica de Aço Grassmann. A indústria especializou-se na fabricação de ferramentas com o mais fino aço, onde era gravadas a letra "G", maiúscula, de "Grassmann", que tornou-se sinônimo de qualidade. Eram foices, facões, enxadas, rodas e uma gama de outras peças de carrocerias que estava associada à empresa como complemento das atividades de ferreiro, assim como a marcenaria. Também atuava na manutenção desses veículos puxados a cavalo que faziam trajeto São Paulo-Santo Amaro e até Itapecirica e outras regiões. Santo Amaro foi a vida de Frederico Grassmaan, que cortava suas ruas com seu Ford bigode, passando pelo Largo da Matriz (hoje Largo 13 de Maio), Av. João Dias e dirigindo-se à Penhina, da capela Nossa Senhora da Penha, pelo Curtume Dias (hoje nas proximidades do terminal de ônibus João Dias). Frederico Grassmann faleceu no dia 02/07/1976, aos 78 anos de idade.

Fonte: entrevista com D. Nair Grassmann, filha de Frederico Grassmann.
Apoio: Associação Juventude e Amor - J.A.U., entidade sem fins lucrativos.
Redação de Carlos Alberto Fatorelli.
Diretor: Estanislau Rybczynski.

Começa na Rua João Meimberg, e termina na Rua Geraldo Antonio Coelho, fica entre as Ruas João Brito de Araújo e 40. B. Jardim São Luiz. Setor: 122 - Qdas.: 76, 61.

Nomes anteriores: Rua ''44''

Fonte: Dic.Ruas