R FRANCISCO ESCOBAR

Francisco Escobar nasceu em Camanducaia, Minas Gerais, a 8 de dezembro de 1865, filho de Bento Gomes Escobar e Florinda Pinto Pedroso. Abolicionista convicto, promoveu em sua terra natal uma intensa campanha pela libertação dos escravos que se concretizou no dia 31 de março de 1888. Na política, militava ao lado dos republicanos, sendo o responsável pela fundação do Club Republicano em sua cidade. Adquiriu cultura jurídica, sem chegar a se formar, pois com a morte do pai abandonou o Curso de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco. Ao sofrer um acidente, aproveitou a imobilidade para aprofundar seus estudos de Grego e Latim. Também se dedicou à Paleografia, sendo o responsável pela transcrição dos 26 primeiros volumes das "Atas da Câmara de São Paulo", trabalho elogiado pelo historiador Afonso de E. Taunay. Colaborou em diversos jornais do Rio de Janeiro e São Paulo. Advogado provisionado exerceu a profissão em São José do Rio Pardo, onde foi Intendente e fez amizade com Euclides da Cunha, exatamente na ocasião em que escrevia "Os Sertões". Contribuiu, com entusiasmo, para a elaboração desta obra ao ponto de Euclides da Cunha confessar-lhe em carta: "Foste o meu melhor colaborador neste ermo de São José". Manteve escritório de advocacia em Santos e em São Paulo, onde também colaborou na imprensa como crítico teatral nas páginas do jornal O Estado de São Paulo. Transferiu-se para Poços de Caldas, Minas Gerais, onde exerceu o cargo de prefeito entre 1909 e 1918, nomeado por Venceslau Brás. Foi também senador do Congresso Mineiro até o seu falecimento ocorrido a 30 de dezembro de 1924. Homem de grande saber, douto e erudito, não possuía ambição alguma a não ser pela cultura.

Começa na Av. Imirim e termina na Rua Santa Faustina. Fica entre as Ruas Olaria e Rua Mandiba. Larg. 10,00mts.

Nomes anteriores: Rua A

Fonte: Dic.Ruas