R ELVIRA BONI

A homenageada era mais conhecida como Elvira Boni, mas seu nome completo era Elvira Boni Lacerda. Ela nasceu em 1899 na cidade de Espírito Santo do Pinhal, no estado de São Paulo e faleceu em1990. Filha de imigrantes italianos, tomou conhecimento das idéias socialistas com o pai, que a levava juntamente com suas irmãs e irmãos para assistir a palestras na Sociedade Dante Alighieri. Depois foi morar no bairro de Cordovil, Rio de Janeiro. Começou a trabalhar aos 12 anos como aprendiz de costureira na Rua Uruguaiana, inicialmente sem receber salário, e depois passou a receber 10 mil réis por mês. Conhecia a Liga Anticlerical, e, por essa época, (1911-12), a jornada de trabalho começava às 8 horas e terminava às 19 horas; quando o serviço apertava, prolongava-se até às 20 e 22 horas. Aos poucos, Elvira formou-se profissionalmente como costureira e começou a ter contato com jornais operários e anarquistas. Impulsionada pelo anarco-sindicalismo, em maio de 1919, com 50 companheiras de profissão, formou a "União das Costureiras, Chapeleiras e Classes anexas", que funcionava na sede da União dos Alfaiates do Rio de Janeiro. Dentre as companheiras estavam Elisa Gonçalves de Oliveira, Aida Morais, Isabel Peleteiro, Noemia Lopes e Carmen Ribeiro. Coube a Elvira a tarefa de ler o discurso de inauguração da União, publicado depois pelo Jornal do Brasil. A primeira iniciativa da associação das operárias e costureiras, ainda em 1919, foi deflagrar greve pelas 8 horas de trabalho. Muitas grevistas foram punidas com demissão sumária. Não obstante, apesar das medidas repressoras, as trabalhadoras continuaram sua marcha emancipadora, publicando manifestos, e, no 3º. Congresso Operário Brasileiro, Elvira e Noêmia Lopes representaram as costureiras. Ela representou peças anarquistas e anticlericais, levadas à cena por grupos amadores nos palcos dos salões das associações operárias do Rio de Janeiro. Sua irmã, Carolina Boni, também participava do movimento anarquista, especificamente das peças teatrais e da Liga Anticlerical. Elvira participou na revista Renovação, dirigida por Marques da Costa, emprestando-lhe o nome como responsável (o diretor era estrangeiro e não poderia ser responsável). Num de seus artigos, intitulado "A Festa da Penha", ela mostra o lado triste e hilariante dos pagadores de promessas que subiam as escadarias da Penha de joelhos. Com as divergências entre os fundadores do PCB e os anarquistas, Elvira Boni se afasta do movimento libertário.
Obs.: No processo administrativo referente à oficialização da denominação dess logradouro público não há justificativa a respeito do nome escolhido.

Pesquisa e texto final de Geane Sinésio, colaboração de Danilo Rodrigues.
Fontes:
http://cfh.ufsc.br/simpozio/Hercilio/953sc015.htm
http://construcaopontehercilioluz.blogspot.com.br/2011/07/construcao-da-ponte-hercilio-luz-em.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Herc%C3%ADlio_Luz
http://www.narbal.ecv.ufsc.br/Curiosas/Historico%20da%20Ponte%20Hercilio%20Luz.pdf

Começa no logradouro formado pela Avenida "3-C" e pela Rua "40-C", também conhecida por Avenida "dos Gráficos" (agora Rua Francisco José Viana), e termina aproximadamente 115 metros além do seu início em balão de retorno -- Setor 245 -- Quadra 999 e Setor 246 -- Quadras 994 e 98(

Nomes anteriores: Rua "30-C"

Fonte: Dic.Ruas