R DR PAULO NOGUEIRA FILHO

Paulo Nogueira Filho (Historiador e Parlamentar - 1899 - 1969). Historiador, sociólogo, escritor, pesquisador, nasceu no ano de 1899. Formou-se em 1919, pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em 1926, tornou-se um dos fundadores do Partido Democrático, do qual foi o primeiro secretário geral. Fundou e dirigiu, durante vários anos, o Diário Nacional. Em 1930, em São Paulo, foi um dos articuladores da Revolução Constitucionalista de 3 de outubro de 1932, deixou o cargo que ocupava no governo federal, para ingressar ao lado de Julio de Mesquita Filho na Revolução Constitucionalista. Exilado após o término do movimento, regressou ao Brasil em 1934, elegeu-se deputado federal pelo Partido Constitucionalista. Dado o golpe de Estado de 1937, passou ao campo da luta subterrânea, até que no ano seguinte foi exilado pela Ditadura. Voltou ao Brasil em 1945, foi eleito deputado para a Constituinte de 1946. Ao se retirar da militância partidária em 1950, representou o Brasil na IV Conferência de Chanceleres Americanos, no IX Congresso do Conselho Internacional de Organização Científica. Apaixonado pelos problemas históricos de São Paulo, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Paulista de Letras, além de seus discursos políticos, deixou obras como: Sangue, Corrupção e Vergonha, na qual mostrou a situação degradante em que se encontravam os internados no Serviço de Assistência aos Menores, Ideias e Lutas de um Burguês Progressista, cuja primeira parte intitulada O Partido Democrático e a Revolução de 1930, constitui o seu depoimento sobre os acontecimentos políticos daquela época. Porém sua obra mais importante é, A Guerra Cívica-1932, onde o escritor e historiador se propôs a fazer um grande painel histórico do que foi a Revolução Constitucionalista na qual São Paulo se empenhou para as ruínas da ditadura de Getúlio Vargas. Em 1960, foi agraciado pela Câmara Municipal com o título de Cidadão Emérito de São Paulo. Na ocasião em que recebeu o título, este campineiro que tanto amou seu Estado e a sua Pátria assim se expressou: "A nossa São Paulo de Piratininga, jamais foi conduzida nem será, nunca, na esfera de sua autonomia. Também não aspirou nem aspira a conduzir a si mesma". Desde os bancos acadêmicos, em que se fez professor na campanha em prol da alfabetização popular, até sua devoção pelo Movimento de 1932, toda ela se constitui de atos de benemerência pública. A adoção do voto secreto, a organização e o funcionamento do Partido Democrático com seu suporte jornalístico, a deposição da oligarquia que arruinava o País, a luta contra os que desvirtuaram a Revolução de 1930, que deflagrou na luta armada de 1932. A atividade parlamentar que se seguiu, ele se entregou com alma, a todos os acontecimentos cívicos e políticos dos últimos 50 anos, no Estado e no País, nele encontraram um cooperador, quando não o iniciador e defensor. Faleceu em São Paulo - Capital, em 30 de outubro de 1969.

 

Começa na Av. Corifeu de Azevedo Marques e Termina na Rua Doutor Arthur Neiva. Fica entre as Avs. Sebastião Eugênio de Camargo e Nossa Senhora da Assunção. Setor: 101.

Nomes anteriores: Rua "b", Também Conhecida Como Rua "3".

Fonte: Dic.Ruas