R DR MANUEL CARLOS DE F. FERRAZ

O Dr. Manuel Carlos de Figueiredo Ferraz, nasceu na Fazenda Barra, município de Cajuru no ano de 1885. Após fazer os estudos com professores particulares, matriculou-se no Instituto Silvio de Almeida. Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, colando grau pela turma de 1909. Como estudante de Direito chegou a ser presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto. Exerceu o magistério particular. Iniciou a carreira pública, como promotor em Xiririca. Comissionado na Secretaria da Justiça, na qualidade de secretário do Dr. João Mendes Júnior, foi encarregado de eleborar o projeto de reorganização judiciária do Estado. Foi chefe de Gabinete de Objetos Achados, 2º promotor Público interino da Capital, promotor público de Araquara, juiz de Direito de Xiririca, Ituverava, Taquaritinga e Ribeirão Preto. Em 1927, foi promovido a Juiz de Direito da 6ª Vara Civil da Capital, cargo em que permaneceu até 1930, quando foi nomeado ministro do Tribunal de Justiça. Em 1931, foi procurador-geral do Estado, e em 1932, secretário da Justiça e Segurança Pública. Foi também corregedor-geral do Estado, tendo assento na Câmara de Apelação, presidente do Tribunal de Apelação, professor de lógica da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da USP, catedrático interino de criminologia do Curso de Doutorandos da Faculdade de Direito. Foi membro da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Heráldico Brasileiro, da Sociedade de Medicina Legal e Criminologia de São Paulo, da Sociedade de Estudos Filológicos. Deixa vasta bagagem literária publicada em revistas e jornais. Como crítico e biográfico teve oportunidade de assinar um estudo sobre Ricardo Gonçalves. Na poesia foi primoroso parnasiano, tendo permanecido fiel em toda a sua vida, as diretrizes que traçou na juventude, a sombra dos grandes profetas da época, notadamente Vicente de Carvalho com quem conviveu muito perto. Autorizado crítico e profundo conhecedor da produção poética do imortal autor de Rosa, Rosa de Amor. Por outro lado, seus livros e trabalhos jurídicos traziam o sedimento espiritual de uma concepção total da vida, com amplo conhecimento filosófico dos problemas jurídicos. Por exemplo, em A Noção Ontológica do Processo, o que nos transferiu como fruto de suas especulações na área das categorias metafísicas, a respeito do Direito Processual como instrumento do justo na tutela da lei, da ordem jurídica e dos direitos individuais. São páginas do mais alto saber jurídico, para mais amplo e direto conhecimento de seus fins, práticos e imediatos. Faleceu em São Paulo - Capital, em 24 de abril de 1967.

Começa na Rua Dr. Flávio Américo Maurano e Termina na Rua "1". Fica entre as Ruas "47" e Rua "4". B. Jardim Morumbi.

Nomes anteriores: Rua "9"

Fonte: Dic.Ruas