R DR ALBERTO SEABRA

Alberto de Melo Seabra, nasceu em 5 de fevereiro de 1872, na cidade de Tatuí em São Paulo. Seus estudos primários e secundários foram feitos respectivamente no Colégio Ivaí e Seminário Episcopal, ambos na Capital paulista. Aos 16 anos de idade iniciou o curso médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, após ter estudado os dois primeiros anos, se transferiu para a Faculdade de Medicina da Bahia. Feitos os 3º e 4º anos o curso médico, regressou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro cujo curso concluiu no fim do ano letivo de 1894. Defendeu tese a respeito de A Memória e a Personalidade, dissertação sobre a cadeira de Psiquiatria. Pouco depois de doutorar-se, regressou a São Paulo, escolhendo Sorocaba para o campo de sua atividade profissional, onde permaneceu até 1897. Suas tendências no domínio das investigações psiquiátricas, já manisfetadas na tese inaugural e prosseguidas em posteriores escritos induziram o Dr. Franco da Rocha a indicá-lo para ocupar um dos cargos de médico no Hospital do Juqueri, sendo efetivamente nomeado para o exercício deste cargo. Fêz parte também, do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia. Durante o desempenho de suas funções de médico de psicopatas, escreveu uma série de artigos sobre psiquiatria e psicologia patológica, divulgados na Revista Médica e no Estado de São Paulo. Alberto Seabra foi sempre um apaixonado pelos estudos psíquicos e sociólogos. Sua capacidade intelectual, não só assimiladora, mas principalmente criadora, invadindo todos os recantos da atividade científica, artística e literária. Foi um dos fundadores da Universidade de São Paulo. Seus comentários sobre a profilaxia da sífilis, originaram a criação de uma clínica para tratamento gratuito de portadores de sífilis. Sua comunicação feita ao Sexto Congresso de Medicina sobre Colônias Leprosas, cujos conceitos foram empossados pelos mais eminentes e notáveis leprólogos do mundo. Foi um dos fundadores da Academia Paulista de Letras. Sua prosa, nos múltiplos livros que escrevera, conferências que fizeram, em colaboração nos jornais e nas revistas, é de uma harmonia verdadeiramente poética. Seu livro, O perigo alcoólico, é um primor de meditados conceitos. No estado de São Paulo, entre a clientela que enchia o seu consultório e os colegas que o escolheram para vice-presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, os proventos de uma reputação de profissional competente, ao lado das maiores sumidades; respeito e admiração dos íntimos colegas e amigos. A moléstia de um filho, porém o fez compreender onde se encontrava a verdadeira medicina. A dedicação pelo filho querido, salvo em 1908, pelo irmãos Manoel e Antonio Murtinho Nobre, o insinuou a estudar Homeopatia. Desejava perceber a razão daquela cura, um caso perdido na medicina que estudara nas escolas e praticava na clínica. De seus estudos surgiu, A verdade em medicina, editado em 1909, pelos Srs. Murtinho Nobre & Cia. Escreveu e publicou cartas abertas, pelas colunas do Correios Paulistano, endereçadas ao Dr. Luiz Pereira Barreto, um dos mais notáveis clínicos de São Paulo, mostrando-lhe as verdades da doutrina Hanemaniana. Seabra muito estudou e muito escreveu. Deixou uma vasta bibliografia, além de multiplicidade de artigos de colaboração no Estado de São Paulo, no Correio Paulistano, na Plateia, na Revista Médica, etc. Muitas conferências que realizou em São Paulo e Rio de Janeiro. Faleceu em 11 de agosto de 1934.

Começa na Rua Antonio de Gouveia Giudice e termina na Rua Cerro Corá.

Nomes anteriores: Rua 18, Rua Benigno e Rua São Benigno

Fonte: Dic.Ruas