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R DR ADRIANO DE BARROS

Mooca

O Dr. Adriano Julio de Barros, nasceu em Campinas, em 16 de abril de 1864. Revelava vocação para a medicina, ciência que estudou no Rio de Janeiro, tendo recebido o grau na primeira turma após a proclamação da República, em 1889. De retorno a sua terra natal, exerceu em Campinas a Clínica geral, ao mesmo tempo que trabalhava na Santa Casa de Misericórdia, como médico, mesário e membro da diretoria. Neste tempo, todos os anos no início do verão, surgiam em Campinas surtos epidêmicos, causando numerosas vítimas e afugentando as famílias, enchendo de terror a sociedade e acarretando danos de toda a espécie. A classe comercial, especialmente, não adimitia que se tratasse de febre amarela, devido a crença geral que a moléstia não ultrapassava o litoral e jamais chegaria a uma altitude como Campinas. Dr. Adriano que, ao contrário de muitos de seus colegas mais velhos, bem conhecia o mal, devido a sua permanência no rio de Janeiro. Ao assumir a direção do Hospital do Isolamento, foi combatido e caluniado. Sem arredar pé de seu posto, com risco de sua vida prestou a população campineira inestimáveis serviços. Atingido, ele próprio, pela moléstia, salvou-se graças ao vigor de seu físico e aos cuidados de seu colega, Dr. Guilherme da Silva. Militou na política municipal: eleito vereador, exerceu a presidência da Câmara Municipal de Campinas. Em 1902, transferiu-se para São Paulo. Neste tempo o mundo científico era agitado pela questão da profilaxia da febre amarela, tomando como ponto de partida a transmissão pela picada da mosca Stegomia fasciata. Em Cuba, as experiências e observações de Finlay haviam chegado a conclusões definitivas. Mas, entre os brasileiros era incontável o número dos incrédulos. Combatendo o veículo transmissor, poderia salvar a população de tão grande mal. Foi quando Emilio Ribas, Diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, organizou uma comissão de médicos, entre eles o Dr. Adrino de Barros. Os resultados foram positivos: foi demonstrado que a transmissão era causada pela picada do mosquito infectado, por ter anteriormente se alimentado com o sangue de um doente de febre amarela. O Serviço Sanitário do Estado de São Paulo fez publicar para divulgação internacional, uma vez que as experiências interessavam ao mundo inteiro, em francês, o relatório intitulado: Travaux touchant la fièrvre jaune. As conclusões informavam que o contágio não se transmitia através do convívio com os doentes, nem pelas roupas ou objetos usados por eles e, sim pela picada do mosquito infectado. Combatido e eleminado o transmissor, estaria combatendo o mal. A tese sustentada pela comissão paulista foi vitoriosa em todo o mundo. Em 30 de janeiro de 1926, na Faculdade de Medicina de São Paulo, o Dr. Adriano pronunciou uma conferência sôbre a personalidade de Emilio Ribas. O Estado de São Paulo publicou o trabalho em que o Dr. Adriano relata fatos curiosos e dramáticos, das epidemias da febre amarela. Colocando em devido destaque a ação de Emilio Ribas, de Adolfo Lutz e de seus companheiros de comissão, silenciando modestamente a própria atividade. Em 1918, por ocasião da mortífera epidemia de gripe, alistou-se como voluntário na Liga Nacionalista. Escritor fluente, foi também jornalista, colaborando na Gazeta de Campinas. Não se limitou ao campo da ciência, iniciou no País a indústria, até então desconhecida, a idústria do ferro esmaltado. Fundou em 1908, a Companhia Paulista de Louça esmaltada. Por dois períodos presidiu a Associação Comercial de São Paulo. Faleceu no ano de 1940.

Começa na Rua Dom Joaquim de Mello e termina na Rua Barão de Monte Santo, fica entre as Ruas ''117'' e Vila Sanitária.

Nomes anteriores: Rua ''118''

Fonte: Dic.Ruas

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