R DAVID BEN GURION

David Ben Gurion, o primeiro chefe de governo israelense e fundador do Estado de Israel, nasceu na Polônia em 16 de outubro de 1886. Por seus trabalhos e lutas foi chamado o David Lloyd George dos israelitas. Em 1906 chegou à Palestina, onde passou vários anos trabalhando no campo. Estudou Direito em Constantinopla de 1912 a 1914. Expulso da Palestina pelas autoridades públicas em 1915, partiu para os Estados Unidos, para onde voltou em 1917 como soldado do Exército Britânico, em luta contra as forças do Império Otomano. Nesse meio tempo, finda a Primeira Guerra Mundial, empenhou-se na Organização dos trabalhadores, fundando em 1920 o Partido dos Trabalhadores de Israel e logo depois a poderosa Central Sindical do País. Em 1937, Ben Gurion Chaim Weizmann e Moshe Sharret apoiaram o plano da Comissão Peel, que previa o estabelecimento de um Estado judeu numa pequena parte da Palestina. Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas decidiu repartir a Palestina em dois Estados: um árabe e outro judeu. Ben Gurion proclamou o Estado de Israel em 14 de maio de 1948. Chefiou o governo israelense durante cinco anos, empenhado em erguer a frágil economia do Estado de Israel. Em 1953 demitiu-se do cargo de primeiro-ministro e, com sua mulher, foi viver em um kibbutz recém-estabelecido no deserto de Negv. Em 1955 voltou a ocupar a chefia do governo, para deixá-la definitivamente em 1963. A voz do deserto tornava a chamá-lo. O temperamento não conformista foi mais forte do que a oportunidade de ganhar a história pelo que realizara. Um deles era construir uma Universidade no deserto. Seria uma escola que combinaria as qualidades do instituto tecnológico com as virtudes do melhor ensino humanístico. Um técnico sem cultura geral, dizia Ben Gurion, é uma máquina; o que devemos formar são indivíduos dedicados à causa do indivíduo, afirmava o patriarca de Israel. Outro projeto povoava seus sonhos: a transformação do Neguev no maior centro industrial de Israel, localizado nas proximidades de um porto aberto para a África e Ásia, dentro do único país que é uma ponte terrestre entre três continentes. Acreditava na Bíblia e na visão dos profetas; eles entreviram os tempos novos, quando os povos não lutariam mais entre si. Quanto à Paz, afirmava que algun dia veremos a cooperação política, econômica e cultural entre árabes e judeus. Ben Gurion foi notável orador e jornalista de grande atividade. Ensinou os israelenses que a famosa alavanca de Arquimedes, capaz de mover o mundo, está dentro do coração dos homens. Intelectual fecundo, escreveu milhares de artigos e discursos, alguns dos quais reunidos em livros: "Nós e Nossos Vizinhos", "As Classes e a Nação", "Em Guarda", "A Batalha" e "Quando Israel Combate". Seus pontos de vista sobre probemas fundamentais foram expostos nos ensaios que publicava no "Anuário do Governo". Recebeu vários prêmios, entre os quais o Bublik, 1949, outorgado pela Universidade Hebraica de Jerusalém, e o Bialik em 1952, pela municipalidade de Telaviv. Extraiu da Bíblia a fé de que um dia as nações destruirão os armamentos, um povo não levantará a espada contra outros e não aprenderão mais a arte da guerra e abandonarão as armas, isto será a garantia de um regime de paz duradoura. Faleceu em 01 de dezembro de 1973.

Começa na Rua Capitão Euclides da Cunha, termina na Rua J. H. Meirelles Teixeira e fica entre a Rua conhecida como São Pedro e Rua 23.

Nomes anteriores: Rua Dr. Sílvio de Campos e Rua 7

Fonte: Dic.Ruas