R CUSTODIO SERRAO

Custódio Alves Serrão, carmelita brasileiro, nasceu na Vila, depois cidade de Alcantara, Maranhão, no ano de 1799. Aos 15 anos já era professor. Em vista da rara inteligência que demonstrava, foi mandado, à custa da Ordem para Coimbra, com o fim de seguir o curso dos estudos superiores; mas bem depressa teve de entrar em luta com os frades coimbrenses, porquê queriam obrigá-lo a estudar Teologia, e ele teimou em seguir o curso de Ciências Naturais. Obtendo entretanto o grau de bacharel, foi para o Rio de Janeiro em 1825, e nomeado em 1826 professor de Botânica e Zoologia da Academia Militar; passou logo, com a reforma da Academia, a professor de Química e Mineralogia, e em 1828 a diretor do Museu Nacional. Do primeiro destes lugares obteve aposentadoria em 1847, e em 1834, exerceu as funções de membro da Comissão de Melhoramentos da Casa da Moeda, onde introduziu úteis reformas e processos de análise e refinação de metais, que até então eram novidades. Foi nomeado diretor do Jardim Botânico em 1859, onde se conservou alguns anos. Por ocasião de uma viagem ao norte em 1835 explorou em Sergipe as serras de Itabaiana, onde se dizia existirem minas de ouro e de salitre, e em Alagoas a formação betuminosa das praias de Camaragibe, remetendo amostras ao governo. Conhecia a língua grega e vários indiomas orientais e era notável naturalista. Ficou cego completamente em conseqüência das repetidas observações microscópicas a que se entregava. Redigiu o "Diário da Câmara dos Deputados", 1826-1828; e escreveu depois: "Lições de Química e Mineralogia", 1833; "Breve Notícia Sobre as Coleções de Madeiras do Brasil, 1867, e uma memória em que provava que o Brasil fora visitado por alguma nação conhecedora da navegação, antes da chegada dos portugueses. Publicou vários artigos no "Auxiliador da Indústria Nacional". Faleceu no ano de 1873.

Começa na Rua Rio Turvo e termina na Rua Paúva, fica entre as Ruas Paranavaí e Rua União da Vitória. B. Vila Jaguara.

Nomes anteriores: Antiga Rua "8" e "5"

Fonte: Dic.Ruas