R CONS RAMALHO

Esta rua foi aberta na década de 1880 e, no mapa da cidade de 1890, ela já consta com a denominação de "Rua Conselheiro Ramalho". Joaquim Inácio Ramalho, o "Conselheiro Ramalho" e, também, "Barão de Ramalho", nasceu em São Paulo no dia 06/01/1809. Era filho de José Joaquim de Souza Saquette, de nacionalidade espanhola e médico militar da força de São Paulo. Em tenra idade foi entregue aos cuidados da familia dos Ramalhos, do qual adotou o sobrenome. Matriculado na Faculdade de Direito, ao cursar o último ano acadêmico, em 1834, foi nomeado professor substituto de Filosofia Racional e Moral, na qual efetivou-se em 1836. Bacharelou-se aos 25/10/1834 e defendeu sua tese de doutorado em 1836. Foi juiz de Paz (1835), vereador e presidente da Câmara Municipal (1845), presidente da província de Goiás (1845), deputado por Goiás (1845-1848), membro da Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo (1842-1843, 1866-1867 e 1868-1869) exercendo a sua presidência, conselheiro do Império (1861), fundador e primeiro presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo (1873) e diretor da Faculdade de Direito de São Paulo (1891-1902). Foi, também, oficial da Ordem da Rosa (1846) e comendador da Ordem de Cristo (1874). Recebeu, inicialmente, o título de "Barão de Água Branca" aos 07/05/1887, mudado para "Barão de Ramalho" a 25/05/1887. Fundou, em São Paulo, o jornal "O Americano" (1844) que deixou de existir quando ele foi para Goiás. Membro da Loja Amizade fundou, aos 28/08/1850, a Loja Maçônica Piratininga, da qual fez parte José Bonifácio e outros grandes personagens da nossa história. Abolicionista, o Conselheiro Ramalho muito auxiliou o trabalho de José do Patrocínio, Antonio Bento e Luís Gama. Escreveu e publicou diversas obras voltadas para o campo jurídico. Na definição de Herculano de Freitas, ele era "... um paulista venerado e jurisconsulto emérito, que lecionou tantas gerações de brasileiros ilustres, que pontificou na sua ciência ao mesmo tempo que colaborou eficazmente na nossa legislação e na nossa política, quanto na jurisprudência e na história." Deve-lhe São Paulo, entre outros imensos serviços a construção do prédio em que funciona o Museu do Ipiranga. O Conselheiro Ramalho faleceu no dia 15 de agosto de 1902.

Saiba mais no final da página em "Memorabilia".

Começa na Rua Santo Antonio e termina na Avenida Brigadeiro Luís Antonio.

Fonte: Dic.Ruas