R CHACARA DO CARVALHO

Propriedade muito conhecida em São Paulo no final do século XIX e início do XX, a Chácara do Carvalho era uma área remanescente da antiga Fazenda ou Sítio do Carvalho, cujos limites atingiam, por um lado o bairro da Água Branca e, por outro, as margens do rio Tietê, nas proximidades da Casa Verde. A hipótese mais aceita para a origem de seu nome refere-se aos antigos proprietários, membros da família Carvalho. Em 1840, por exemplo, ela pertencia a Francisco de Assis Carvalho, avô do historiador Francisco de Assis Carvalho Franco. Por essa época, a fazenda foi adquirida pelo Barão de Iguape (Antonio da Silva Prado, 1778-1875) que, ao falecer, legou essas terras ao seu neto de mesmo nome: o Conselheiro Antonio da Silva Prado (1840-1929), este filho de D. Veridiana da Silva Prado. Aos poucos, a propriedade foi sendo dividida, restando apenas a Chácara que, em grande parte, deu origem à Praça Marechal Deodoro, Brigadeiro Galvão e Vitorino Carmilo. Em 1890, Antonio da Silva Prado mandou edificar o seu palacete no interior da chácara com projeto do arquiteto italiano Luigi Pucci. Tal era o prestígio desta mansão que, em 1920, chegou a hospedar os reis da Bélgica que visitavam São Paulo. Com o falecimento do Conselheiro em 1929, a Chácara passou à sua filha Hermínia e outros. Em 1934, os herdeiros decidiram lotear a área e abriram duas novas ruas (Chácara do Carvalho e São Martinho) e prolongaram a Alameda Barão de Limeira desde a Alameda Eduardo Prado até a rua Lopes de Oliveira.
Em 1936, a municipalidade paulistana declarou a "Rua Chácara do Carvalho" aberta e entregue ao trânsito público. As construções nos lotes, por sua vez, obedeciam a certas restrições estipuladas em contrato e em escrituras, o que conferiu a este logradouro uma ocupação diferenciada na região.

 

Começa na Alameda Barão de Limeira , termina na Rua São Martinho - Santa Cecília

Fonte: Dic.Ruas