R CERQUEIRA CESAR

José Alves de Cerqueira César nasceu no dia 23 de maio de 1835, na fazenda Tapera Grande, hoje bairro de Guarulhos. Ele era filho de Bento Alves de Cerqueira Bueno, descendente direto de Amador Bueno, e Ma­ria Cândida de Sangalerne Cerqueira Leme, procedente dos Lemes, família de respeitáveis senhores rurais. Formado em Direito, José Alves seguiu para Campinas (SP) a fim de exercer o cargo de pro­motor público. Após permanecer algum tempo entre os campinei­ros, ele mudou-se para Rio Claro (também no interior do estado de São Paulo), onde entrou para a política e fundou o Partido Repu­blicano, em parceria com Cândi­do Vale. Na época, o partido fez tanto sucesso que chegou a derrotar uma coligação formada por duas facções monárquicas e uma dissidência republicana, em uma eleição realizada em 1876. Esse auge fez com que José Alves rumasse para a capital (fixou re­sidência na rua Florêncio de Abreu - Centro) onde, por indi­cação dos correligionários, foi promovido a secretário do parti­do, assumindo posteriormente a função de presidente da Comis­são Permanente do mesmo. Após a proclamação da República, ele recebeu o cargo de inspetor do Tesouro e, na seqüência, elegeu­se vice-presidente do estado na chapa liderada por Américo Bra­siliense, chegando a assumir como presidente quando Brasili­ense foi deposto, na ocasião do insucesso de Deodoro da Fonse­ca em implantar a ditadura, no ano de 1891. A partir de então, a car­reira de José Alves deslanchou: em 1897 foi eleito senador esta­dual e, de 1898 a 1902, foi presi­dente do Senado, mantendo-se no mesmo até 1907. Na vida pessoal, o político ti­nha o hábito de almoçar com sua mãe quase que diariamente, além de visitá-Ia nos fins de tarde. Quanto a amizades, ele mantinha uma intensa com o senador José Manuel da Fonseca e sua esposa, Ana Joaquina, residentes em Jundiaí (SP). Uma passagem curiosa na vida de João Alves aconteceu na oca­sião de uma visita à Academia de Direito do Largo de São Francis­co. Ao chegar lá, ele notou que na galeria dos mestres dos quais havia recebido sábios ensinamen­tos, faltava exatamente a do seu contemporâneo João Crispiniano Soares (conselheiro do Império, intendente da capital e presidente da província de São Paulo); con­tando com a ajuda dos amigos, imediatamente o político mandou o melhor artista da cidade confeccionar um retrato, e o ofertou à Academia. Cerqueira César faleceu em São Paulo em 26/06/1911 e seu corpo está sepultado no Cemitério da Consolação em um mausoléu construído pelo governo do Estado.

O nome desta rua foi indicado pela antiga Câmara Municipal de Santo Amaro em sessão do dia 03/11/1896

Começa no entroncamento das ruas Cel Luis Barroso com a Vera Cruz e termina na Praça Francisco Glicério - Vila Campos Salles - Santo Amaro.

Fonte: Dic.Ruas