R CEL ARTUR GODOI

Esta rua foi aberta entre aos anos de 1923 e 1924, como parte da então chamada Vila das Jabuticabeiras, antiga Vila Kostka, conforme anúncio de venda dos terrenos publicado no jornal “O Estado de São Paulo” de 18/10/1924. Esta Vila, bem como esta rua, foi entregue ao trânsito público pela Sociedade Brasileira de Educação e por Arthur Saboya e outros, conforme Atas da Câmara de 08/05/1926, sendo que nesta mesma data foi aprovada a oficialização do nome Rua Coronel Artur Godoi. O tenente coronel Artur de Godoi, oficial da Força Pública de São Paulo, faleceu em Salvador, na Bahia, em maio de 1926, onde se encontrava para debelar as forças do Movimento Tenentista e da revolta de 1924. Após deixar São Paulo, as tropas comandadas pelo General Isidoro Dias Lopes internaram-se pelo país, sendo combatidas em diversas regiões, inclusive no Nordeste, para onde se deslocou o tenente coronel Artur Godói, então comandante do 3º batalhão da Força Pública de São Paulo. Artur de Godoi era paulista e nasceu em 1873, filho de Francisco Xavier de Godoy e de d. Ana de Campos Godoy. Entrou na Força Pública em março de 1902 e em novembro do mesmo ano já era promovido ao posto de 2º sargento. Em 1902 conquistou o posto de 2º tenente com louvor das mais altas autoridades estaduais pela sua atuação correta e disciplinada em várias ocorrências. Em 1904 foi mandado com seu batalhão para o Rio de Janeiro onde auxiliou em uma revolta e recebeu elogios diretos do presidente da República e dos ministros do Interior, da Guerra e da Marinha. Até maio de 1907, quando foi promovido a 1º tenente, prestou vários serviços à sua unidade e ao governo, sendo louvado pelos seus superiores. Ainda nesse posto exerceu o cargo de ajudante de ordens da presidência do Estado. Em maio de 1909 foi promovido ao posto de capitão ajudante de ordens da presidência tendo ali permanecido até 1912, quando foi para o comando da 3ª Cia do 4º Batalhão, época em que também foi nomeado delegado de polícia da cidade de Pederneiras. Promovido a major me agosto de 1919, foi para o Estado Maior do 1º corpo da Guarda Cívica, cujo comando interino lhe foi dado em junho de 1919. Nessas funções foi elogiado pelo presidente do Estado e pessoalmente pelo secretário da Justiça pelo zelo e correção com que desempenhou suas tarefas de zelar pela ordem pública. Em 24 de agosto de 1922 foi muito elogiado pelas ações em São Paulo que visavam dar segurança aos paulistas em decorrência da Revolta Tenentista ocorrida no Rio de Janeiro. A 5 de julho de 1924, apresentou-se para cooperar ao lado das autoridades na defesa da ordem por ocasião da eclosão, em São Paulo, da Revolta de 1924. Fez então parte da defesa do quartel da Guarda Cívica e da Secretaria de Justiça, seguindo depois para a Vila Seckler, onde foi designado para fiscalizar o 1º Batalhão de Guerra e destacou-se pela bravura nos combates diários. Participou dos combates do dia 10 na Vila Seckler, do dia 15 no Cambuci e no dia 20 na Aclimação. Como resultado, Artur de Godoi foi muito elogiado pela defesa da Capital. Por decreto de 4 de novembro de 1924, foi promovido ao posto de tenente coronel e logo partiu para Santos, afim de impedir que os marinheiros rebeldes do couraçado São Paulo desembarcassem naquele porto. Por decreto de 16 de janeiro de 1925 foi transferido para o comando do 3º Batalhão e em 15 de janeiro de 1926 seguiu com o seu batalhão para o norte do país onde, inesperadamente, faleceu.   

Começa na Rua Dr. Fabricio Vampré e termina na Rua Hemberto I.

Nomes anteriores: Cel. Arthur Godoy

Fonte: Dic.Ruas