R CAP ALBERTO MENDES JUNIOR

As linhas que se seguem não representam a opinião de nossa Instituição. Trata-se da justificativa dada na ocasião da homenagem ao Capitão Alberto Mendes Júnior, realizada pelo Prefeito então em exercício Paulo Salim Maluf, através do Decreto 8.985, de 10 de setembro de 1970, dentro do período histórico no país que corresponde ao do Regime Militar:

"Alberto Mendes Júnior, nasceu no dia 24 de janeiro de 1947, na Capital de São Paulo. Desde cedo manifestava o seu desejo de fazer parte da corporação policial. Ao terminar o ginásio pode então realizar o seu sonho de criança, entrar para a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em 15 de fevereiro de 1965, foi alistado na Corporação, por ter sido aprovado em todos os exames e conseguindo classificar-se no concurso para ingressar no curso preparatório da escola de oficiais. Quatro anos e dois meses após concluía o Curso de Formação, em 21 de abril de 1969, por extrema coincidência, dia e mês em que Tiradentes foi enforcado, foi declarado de aspirante a Oficial da Corporação, possuía então 22 anos de idade. Em 2 de junho de 1969, foi apresentado ao 15º batalhão de polícia, por ter sido classificado naquela unidade. Em 15 de dezembro de 1969, foi promovido ao posto de 2º tenente, permanecendo naquele batalhão. Em 6 de fevereiro de 1970, foi apresentado a este batalhão, por conveniência de serviço, pelo Boletim Geral nº 25, de 5 de fevereiro de 1970. No final de abril de 1970, foi descoberto um foco terrorista no litoral Sul do Estado de São Paulo. Tropas do exército brasileiro, da FAB, da Marinha e da Polícia Militar do Estado de São Paulo deslocaram-se para aquela região. Foi o 1º BP Tobias de Aguiar designado pelo Comando Geral da PM, para dar apoio a tropa da Companhia Independente, sediada na Cidade de Registro. Para lá seguiu o tenente Mendes no comando do pelotão, juntamente com outro oficial e outra tropa sob o Comando do Capitão Carlos de Carvalho. Após uma semana naquela cidade recebeu o capitão ordens de regressar com um dos pelotões à São Paulo, deixando em Registro somente um pelotão devidamente comandado por um tenente. Não houve escolha, o tenente Mendes apresentou-se e solicitou que ficasse mostrando uma vez mais sua dedicação ao serviço. Na noite de 8 de maio de 1970, aproximadamente as 21horas os terroristas, atacaram de surpresa um dos postos de guarda que foi feito por homens pertencentes ao pelotão do tenente Mendes, situado perto de Sete Barras. Tomando conhecimento do fato, oficial dirigiu-se ao local para dar socorro seus companheiros, seus comandados, porém mal sabia que corria para uma emboscada que lhe haviam preparado. Os terroristas haviam feito oito reféns e aguardavam sua chegada. Emboscado, com inferioridade em homens, armas e cercado por todos os lados foi atirado aquele jovem de 23 anos em um dilema. Ou cessava fogo e entregava-se sozinho ou morreriam todos. Para não sacrificar a todos seus comandados falou mais alto o espírito do herói. Entregou-se aos terroristas porque era um perfeito chefe, consciente de suas responsabilidades, e para salvar a seus subordinados. Assassinaram crua e covardemente com coronhadas e facadas pelas costas o tenente Mendes. Atiraram aquele corpo jovem de 23 anos, no pântano. Roubaram e destruíram um filho exemplar. Faleceu em maio de 1970".

Começa na Rua Aureliano Leal , termina na Rua José de Albuquerque. Fica entre as Ruas Florinéa e Antonio Lourenço . 8º e 22º Subdistrito.Santana e Tucuruvi.

Nomes anteriores: Rua Piquete

Fonte: Dic.Ruas