R BRIG MACHADO

José Joaquim Machado de Oliveira, nasceu em São Paulo em 08 de junho de 1790. Com apenas um ano e meio de idade alistaram-no, sendo reconhecido cadete em 05 de dezembro de 1807. Em 1809 foi promovido a alferes, e, em 1811, ao posto de tenente. Em maio de 1813 era capitão graduado, passando a efetivo em 1817. Passou por todos os postos até o de tenente-coronel. Em 1818 passou do 2º batalhão da região de São Paulo para o Estado-Maior do Exército do Sul. Como comandante, ora de infantaria e ora da cavalaria, lutou valentemente em São Borja, Arapeí, Catalão, Taquarembó, Passo do Rosário, Ibicuí, etc. A sua atividade militar não impediu ainda que prestasse valiosos serviços na época da regeneração política do Brasil. Foi membro do governo provisório e, logo depois, do primeiro conselho provincial do Rio Grande do Sul; foi comandante das armas em Sergipe, em 1830; presidente da Província de Alagoas em 1834, de Santa Catarina em 1837 e do Espírito Santo em 1840. Foi deputado pelo Rio Grande do Sul na primeira legislatura e por São Paulo na oitava. Como político foi sempre e lealmente liberal, jamais se curvando as conveniências ou a injunções partidárias. Em 20 de abril de 1843, foi Machado de Oliveira, nomeado encarregado de negócios e Cônsul geral do Brasil junto às Repúblicas do Peru e Bolívia. Em 24 de julho de 1844 foi incumbido pelo Governo de examinar e dar sua opinião sobre a Fábrica de Ferro do Ipanema. Em 14 de março de 1846 foi nomeado diretor geral dos índios de São Paulo. Em 23 de fevereiro de 1844 contando mais de 35 anos de serviços, fatigado pelos seguidos encargos que lhe eram acometidos, reformou-se no posto de coronel. Volta, então, a São Paulo para descansar. O seu caráter, porém, não permitia que se afastasse do trabalho. O mesmo homem que vinha coberto de louros dos campos do sul, que presidira várias províncias, aceita por vontade própria o modestíssimo cargo de substituto de delegado de polícia. Com mais folga para estudos, dedicou-se à História e à Geografia do Brasil, escrevendo inúmeras memórias que publicou na "Revista do Instituto Histórico Brasileiro", de que era sócio fundador e honorário. Possuía todas as medalhas das campanhas em que se empenhara. Em 1835 foi-lhe concedido uma pensão anual que apesar de pobre, cedeu ao Estado. Depois de lutas e de glórias, faleceu o brigadeiro Machado em 16 de agosto de 1867, em São Paulo. Dentre as várias memórias históricas e geográficas destaca-se o "Quadro Histórico da Província de São Paulo" como obra de grande merecimento.

 

Começa na Avenida Rangel Pestana e termina na Rua Vinte e Um de Abril.

Fonte: Dic.Ruas