R BRIG HAROLDO VELOSO

O Brigadeiro Haroldo Veloso nasceu em 04 de julho de 1920. Fez parte da escola dos Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Juarez Távora e tantos outros que se tornaram legendários, apenas com a diferença de que ele não pertence ao ciclo já longínquo das nossas revoluções armadas, mas atuou contemporaneamente. Como se sabe, o crime da rua Toneleros, em princípios de agosto de 1954 sensibilizou profundamente a Aeronáutica, desde aí decidida para vingar a memória do major Rubens Florentino Vaz, que foi assassinado. Nos primeiros dias de governo Kubitschek, em fevereiro de 1956, num sábado de carnaval, o então major Veloso, acompanhado do capitão Lameirão e de alguns sargentos levantaram voo do Campo dos Afonsos, armados em guerra, dando início a rebelião de Jacareacanga. O movimento não deu certo. Isolado na selva amazônica, acabou sendo preso, depois de ocupar Santarém, enquanto seus companheiros, num voo ousado, surgiam na Bolívia. O governo tratou o episódio com tolerância, evitando emprestar-lhe maior significado. Beneficiados por anistia ampla, ele e os demais revoltosos chegaram a ser reintegrados nas fileiras. Embora constantemente vigiado e sujeito a sucessivas remoções, foi promovido em 1958, ainda no governo Kubistschek, por antiguidade. Sofreu, entretanto, várias prisões disciplinares, pois protestava sempre. Em dezembro de 1959, alegando procurar evitar um golpe comuno-petebista para impedir a eleição do Sr. Jânio Quadros em 1960, promoveu o movimento de Aragarças, de maior amplitude. A pronta repressão levou os rebeldes a refugiarem-se no Paraguai e depois na Argentina. Novamente anistiado, Veloso, que era engenheiro aeronáutico, reintegrou-se na carreira, as vésperas da renúncia de agosto de 1961. Considerado "linha dura" participou dos preparativos e da Revolução de 64, para só atingir o posto de coronel já no governo Castelo Branco. Com o novo estado de coisas estabelecido no País, Veloso que gozava de grande prestígio na região de Santarém e do Alto Araguaia, mesmo antes dos sucessos referidos, pois fora um de seus desbravadores, a serviço da GAB, decidiu dedicar-se a política. Eleito deputado federal pela ARENA do Pará, tendo sua base política em Santarém, ali envolveu-se o ano passado nos graves conflitos entre sua corrente e a do prefeito Elias Pinto. Conflito político municipal que causou mais vítimas do que as duas rebeliões de que participou. Ele mesmo foi gravemente ferido na perna e desde aí não mais se restabeleceu, pois marchara a frente do grupo de homens que se dispunha a invadir a prefeitura. Faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de outubro de 1969.

Começa na Avenida Cidade Jardim, e termina no prolongamento da Avenida Imperial, fica entre a Rua Salvador Cardoso e Via Lateral ao trevo da ponte da Cidade Jardim.

Nomes anteriores: Rua Sem Nome

Fonte: Dic.Ruas