R BOOKER PITTMAN

Booker Pittman, nasceu em Fairmont Heigts, no Estado de Maryland, no dia 3 de outubro de 1909. Passou sua infância em Dallas, no Texas. Seu avô Booker T. Washigton foi quem fundou a primeira instituição para o progresso do negro em Tunkegee, no Alabama. Nas esquinas de Dallas encontrava-se frequentemente com, Blind Lemon Jefferson e sua guitarra, desde cedo, aprendeu a cantar Blues, enquanto sua mãe, somente lhe dava aulas de piano clássico. A passagem de um conjunto vindo diretamente de Nova Orleans teve influência decisiva na sua personalidade. Depois disso, em 1931, um conjunto excepcional estreou em Treton, Nova Jersey, no Teatro da cidade. Entre os seus figurantes, estavam Booker Pittman, tocando junto com Tommy Ladnier, Zutty Singleton, Buber Miley e outros grandes nomes do jazz. Nessas duas cidades, Booker Pittman participou de vários shows, trabalhando com os mais famosos instrumentista da época, tais como; Cozy Cole, Joe Turner, lester young, Roy Eldridge e Chick Webb. Isso, entre 1929 e 1933. Em junho de 1933, Booker, como que por encanto, aparece na Riviera Francesa. Depois de ser um dos maiores músicos de jazz dos Estados Unidos até 1930, chegou a Paris com a grande orquestra de Lucky Millinder, no ano de 1933. Mais tarde, abandonando o conjunto, Booker foi para a América do Sul com outros, entre os quais, Louis Cole. Em 1939, a guerra obrigou a maior parte dos músicos americanos a deixar a Europa, Booker, já havia desembarcado no Rio de Janeiro, integrando-se a uma orquestra para atuar no Cassino Atlântico. Do Rio de janeiro até o Paraná a história é breve, até que, finalmente em 1956, Booker foi triunfalmente recebido no aeroporto de Congonhas por fotógrafos, jornalistas e amigos, veio morar em São Paulo, onde se apresentou com a extinta, Paulistania Jazz Band, que posteriormente mudou seu nome para, São Paulo Dixielanders. Aqui fêz muito sucesso, tocando em bailes, shows, teatros e jam sessions. Durante suas exibições pela América do Sul, Booker Pittman chegou a ser noticiado como morto, nos jornais da Europa. Enquanto isso, Booker vivia no Brasil, mais precisamente no Estado do Paraná, completamente isolado do mundo do jazz, cuidando apenas de sua pequena lavoura. O seu, jazz, era tocado apenas exporadicamente nas festas de sábado, onde recebia o seu cachê, até que Philipe Corcodel, um amante do Jazz, de origem francesa mas radicado no Brasil, teve o seu primeiro contato com o músico. Isso, foi o ponto de partida para uma grande arrancada do jazz no Brasil. Booker tocou primeiro clarinete, depois sax-alto e sax-soprano. Neste último instrumento ficou conhecido como o maior de todos, depois de Sidney Bechet. Graças a Booker, a América do Sul teve também o seu Sidney Bechet e o jazz reviveu em toda a sua epopéia gloriosa, desde os blues primitivos até as antigas baladas. E como diria Philippe Corcodel, O tempo passa...Dallas já não tem mais o velho Blind Lemon com seu, Box Back Coat. A morte rouba nossos pioneiros de música de jazz, desaparecendo uns após outros. O jazz tradicional, no entanto, continua vivo, sendo a expressão pura de uma raça, de um povo e ... os povos nunca desaparecem.
Faleceu na Capital de São Paulo, no dia 13 de outubro de 1969.

Começa na Rua Verbo Divino e termina na Avenida Cecília Lottemberg,

Nomes anteriores: Rua 1

Fonte: Dic.Ruas