R BARTOLOMEU FARIA

Bartolomeu Fernandes de Faria, filho e neto de outros do mesmo nome, exerceu em São Paulo sua terra natal, o lugar de juiz Ordinário e de Órfãos, em 1696. Era homem rico e de caráter rijo e violento, distinguindo-se como bandeirante ousado. Um episódio relatado por Pedro Taques caracteriza bem a índole bravia desse velho paulista. Sabendo que a alta no preço do sal não era mais que negociata dos detentores do produto em Santos reuniu gente armada, desceu ao litoral e, bruscamente, antes que alguém o pudesse enfrentar, mandou abrir os depósitos e carregar o sal para São Paulo. Diante do pasmo inutir dos exploradores que haviam decuplicado o preço do produto, preço estabelecido pelas tabelas oficiais. Ele pagou o preço oficial, e retirou-se. Prevendo perseguição, destruiu uma ponte, pondo-se a salvo de qualquer perigo. Satisfeito chegou em São Paulo, onde distribuiu o sal precioso que há meses o povo reclamava em vão. Esse gesto, que alarmou profundamente os moradores de Santos, foi admirado e bendito pelo povo explorado de serra acima. Contra Bartolomeu Faria pesavam, porém várias acusações. Diziam-no causador de numerosas mortes em várias épocas de sua vida. Aos 80 anos de idade foi preso e remetido para a Bahia, faleceu vítima da varíola no próprio presídio em que o recolheram. Morreu em extrema miséria, mas muito querido e admirado.

Começa na Rua Ribeiro de Morais e Termina na Praça Bartolomeu Faria. B. Vila Albertina. DP. Nossa Senhora do Ó.

Nomes anteriores: Rua F e Rua Bartolomeu Fernandes de Faria

Fonte: Dic.Ruas