R AZIRA ASSAD JAFET

Alzira Assad Jafet, então Nazira Assad Tebecherani, nasceu em 1881, em Baskinta, próximo ao Monte Sannine, na província do Monte Líbano, atual Líbano. Filha de Assad Makhul Tebecehrani e Sada Haddad Tebechernay. Em 1897, casou-se com o próspero comerciante de tecidos, e brasileiro, por lei e por adoção, Sr. Benjamin Jafet, um dos pioneiros da imigração sírio-libanesa ao Brasil, tendo sido o primeiro membro da Família Jafet a emigrar ao Brasil, em 1887, e o primeiro dentre os imigrantes sírio-libaneses a fundar um estabelecimento comercial na Rua 25 de Março, em 1890. Com os negócios, rapidamente expandindo-se, tendo em vista o crescente mercado de trabalho em São Paulo, o crescente mercado consumidor, ávido pela compra de tecidos, e a recém-criada rede de mascates que os irmãos Jafet vinham ampliando, para a comercialização de seus produtos, com foco no estado de São Paulo, mas que se expandia pelo Brasil afora, também, Benjamin, diretor responsável pela administração dessa grande indústria de tecidos de algodão, manteve sua promessa, e trouxe para o Brasil, a amília Assad, à qual a Sra. Alzira pertencia. Em 1898, a Sra. Alzira deu à luz sua primeira filha, Genoveva. Depois, por ordem de nascimento, Monira (1900), Elias (1903), quem, por acaso nasceu no Líbano, na ocasião de uma viagem de seus pais à terra natal; Alberto (1906), Eduardo (1908), Alexios (1909), Leonor (1911), Amelia (1912), Emilio (1914), e Waldomiro (1915). Ressalte-se que em 1910, foi adquirido o terreno do belo palacete, hoje demolido, situado na Rua Xavier Curado, onde, a partir de 1912, passou a residir a família de Benjamin e Alzira Jafet. Sempre caridosa, mãe dos necessitados, não hesitava a Dona Nazira, como era conhecida, no bairro do Ipiranga, a auxiliar os desprotegidos de toda sorte. Durante todos os natais, contribuía com a arrecadação de dinheiro para as crianças órfãs, em São Paulo, tendo sido irmã benfeitora da Santa Casa de Misericórdia e do Círculo de Operários do Ypiranga. Participou financeiramente, e se ocupou, como Conselheira, das obras da então chamada Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital da Caridade da Colônia Sírio-Libanesa, atual, Hospital Sírio-Libanês, quem a família Jafet tanto idealizou. Foi Conselheira, igualmente da Sociedade Mão Branco de Amparo aos Idosos. Doou, na década de 40, um pavilhão, em nome de sua filha, Amélia Benjamin Jafet, bem como contribuiu para a construção de diversas salas de cirurgia, no Hospital e Maternidade Leão XIII, idealizado pelo Padre Ballint, sito no bairro do Ipiranga. Em 1945, passou a ser diretora do Hospital Sírio-Libanês, então presidido pela Sra. Adma Mokdessi Jafet. De fé cristã-ortodoxa, fez a doação, em seu nome - Alzira Assad Jafet -, do atual espaço, onde são realizados os velórios da Catedral Metropolitana Ortodoxa, na Rua Vergueiro. Conselheira, e querida por todos, sem distinção de classe, cor, credo ou religião, foi com disciplina e simplicidade que sempre regeu sua vida, sem se deslumbrar com opulência ou sonhos materiais. Terrena, bondosa, alegre, diligente, e conselheira de todas as horas, foi agraciada com a lembrança de uma via pública, no bairro do Ipiranga que tanto apreciava.

Começa na Rua Xavier Curado e termina na Rua Oliveira Alves.

Nomes anteriores: Passagem Projetada

Fonte: Dic.Ruas