R ANGELO AGOSTINI

Piemontês chegou em São Paulo em 1858, com apenas 17 anos e durante a campanha abolicionista fundou com Luís Gama e Sizenando Nabuco, o "Diabo Coxo", publicação que obteve extraordinário sucesso, colaborando também em "O Cabrão", seminário liberal e humorístico. Era um caricaturista brilhante, possuidor de vasta cultura e de "verve" extraordinária, aliada a uma fantasia inesgotável e a um conhecimento perfeito do meio e da época. A abolição da escravatura muito ficou devendo a seu lápis. Perseguido por homens políticos em evidência, refugiou-se no Rio de Janeiro onde fundou "Vida Fluminense" e "O Mosquito". Em 1876 fundou a "Revista Ilustrada" que Joaquim Nabuco definiu "A Bíblia Abolicionista do Povo, que não sabe ler". E quando vitoriosa a campanha, naturalizou-se brasileiro, o mesmo Joaquim Nabuco afirmou: "O seu título é a mais alta adoção que se pode imaginar, a de uma raça que adota um dos seus redentores, a de uma pátria que perfila um dos seus criadores". Por sua vez, José do Patrocínio a ele se referiu, certa vez, com estas palavras: "O seu coração é pátria para todos os que sofrem. Não conhece Lei nenhuma que possa preterir a de solidariedade humana. Vive fora de todos os partidos para poder castigar ou servir a todos. Pratica o bem pelo bem". Angelo Agostinho é considerado o verdadeiro precursor da legítima caricatura brasileira, numa época em que predominava o estilo mais rigoroso do retrato, sendo imenso o acervo de sua obra artística, que abrangeu perto de meio século de intensa atividade, destacando-se também as caricaturas e os desenhos publicados no "Dom Quixote" e no "Malho".

Começa na Rua Solidônio Leite e Termina na Rua Strauss. Fica entre as Ruas "B" e "D". B. Jardim Teália.

Nomes anteriores: Rua "c"

Fonte: Dic.Ruas