R ANGELA DO AMARAL RANGEL

Ângela do Amaral Rangel nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de maio de 1725. Filha de Antônio Marcos Vale e Custódia Rangel, tradicional família carioca. Apesar de ser de uma família abastada não recebeu apenas educação moral e religiosa, devido a ser cega de nascimento, dificultando sua trajetória. Porém, se tornou conhecida como Ceguinha ou a “a musa cega”, compôs sonetos e romances líricos não apenas em português mas especialmente em espanhol. Foi a única mulher a participar da Academia dos Seletos (uma academia de letras fundada em 1752, no Rio de Janeiro, com objetivo de homenagear Gomes Freire de Andrade, então governador do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo que partiria para missão no atual Rio Grande do Sul), composta por altas figuras do estado, como juízes, médicos, clero. Os trabalhos apresentados por essa Academia foram publicados em 1754, no livro Júbilos da América, do qual fazem parte os poemas de Ângela do Amaral Rangel. Ângela é, na história da cidade do Rio colonial, três vezes pioneira: a primeira mulher a participar de uma academia literária; a primeira poetisa a ter seus versos publicados; a primeira cega intelectual.

Fontes: Diccionario Bibliographico Brazileiro por Sacramento Blake, Academias literáriras no Brasil Colonial por Valeria Gauz, Ângela do Amaral Rangel em  Wikipédia, a enciclopédia livre, Espaços conquistados por portadores de necessidades especiais, no Rio setecentista: Domingos Teixeira da Mata (advogado) e Ângela do Amaral Rangel (poetisa) de Nireu Oliveira Cavalcanti e História, biografia, pedagogia nas páginas de “Brasileiras Célebres” de Talita Daher Rodrigues.

Não foi possível obter informações quanto a origem do nome por meio da leitura do processo de denominação que traz 103 logradouros que foram previamente definidos pelo Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria das Finanças.  Pode-se deduzir que esta denominação tenha sido extraída do Banco de Nomes, sistema criado na década de 1970 pela Prefeitura para atender a crescente demanda por oficialização de logradouros  utilizando uma coleção de nomes previamente selecionados, relacionados a diversos temas,  levando se em conta os critérios estabelecidos pela legislação vigente.

Começa na Rua Elvira de Bortale e termina na Rua Borges.

Nomes anteriores: Rua João Fidalgo

Fonte: Dic.Ruas